terça-feira, 9 de junho de 2009

Hepatite B - Tratamento com interferon peguilado

Existem diversos medicamentos para o tratamento da hepatite B, mas somente o interferon, convencional ou peguilado, possui propriedades imunomoduladoras e antivirais. As principais vantagens do interferon em relação aos medicamentos de uso orais (chamados de análogos nucleósidos) e que o mesmo não provoca resistência viral, sendo utilizado por um tempo definido e apresenta maior probabilidade de depurar o HBsAg. Aproximadamente 30% dos infectados HBeAg Positivos e 40% dos infetados HBeAg negativos conseguem a resposta virologica sustentada. A resposta virologica sustentada e quando seis meses após o final do tratamento acontece a soroconversão do HBeAg e/ou o vírus fica em níveis inferiores a 20.000 copias/ml quando realizada a carga viral (HBV/DNA). Quando empregado o interferon peguilado o tratamento tem uma duração de 48 semanas. Estudos recentes que acompanham os pacientes por vários anos demonstram que os resultados permanecem em 80% dos pacientes que conseguiram a soroconversão do HBeAg e em 50% dos que obtiveram resultados de carga viral inferior a 20.000 copias/ml. O genótipo do vírus da hepatite B passa a ter um fator prognostico fundamental na indicação do interferon, já que os pacientes HBeAg Positivos infectados com o genótipo A tem maior possibilidade de sucesso com a utilização do interferon, já os pacientes HBeAg Negativos infectados com o genótipo D apresentam pouca resposta ao tratamento com o interferon. Muitos médicos, baseados no prognostico de resposta conforme explicado no parágrafo anterior, recomendam que o tratamento inicial seja realizado com o interferon peguilado e, se não se consegue resposta terapêutica passar então para os medicamentos análogos de uso oral.

Carlos Varaldo
Grupo Otimismo