segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Novos estudos comprovam que o café diminui a progressão da fibrose

A revista Hepatology do mês de janeiro publica mais um estudo que comprova o efeito benéfico do café no fígado realizado por pesquisadores do Diabetes and Digestive and Kidney Diseases (NIDDK) dos Estados Unidos.

Entre janeiro de 2006 até novembro de 2008 todos os pacientes atendidos no instituto preenchiam um formulário para avaliar o consumo de cafeína. As perguntas eram destinadas a determinar todas as fontes de cafeína, incluindo o café normal, o descafeinado, bebidas que contem cafeína, chocolates, cacau, chás (pretos, verdes, chineses, etc.), bebidas energéticas, e medicamentos com cafeína.

Conforme a freqüência de ingerir os produtos os participantes foram divididos entre os que nunca consumiam cafeína, os que o faziam entre 1 e 3 vezes ao mês, os que os ingeriam entre 1 e 4 ou entre 5 e 6 vezes a semana e, os que o faziam mais de 6 vezes a semana.

Foi observado que a maior parte da cafeina consumida era do café, representando 71%, seguida da ingerida por refrigerantes com 13% e chá preto com 4%.

Com idade média de 51 anos e massa corporal de 27,5 (BMI) os 177 participantes realizaram uma biopsia antes e outra após o estudo. Entre os participantes 68% estavam infectados cronicamente com hepatite C.

A biopsia foi avaliada pela classificação de ISHAK, onde a fibrose e avaliada numa escala de 0 até 6. Zero representa um fígado sadio e nível 6 representa cirrose na escala ISHAK. Os pacientes com fibrose no nível menor que 3 consumiram em média 212 mg/dia de cafeína, contra uma média de 154 mg/dia dos pacientes com grau de fibrose maior que 3.

Os resultados mostram que para cada incremento de 67 mg/dia no consumo de cafeína (metade de uma xícara de café) existia uma diminuição de 14% na possibilidade de encontrar um grau avançado de fibrose nos participantes do estudo entre os infectados com hepatite C.

Concluem os pesquisadores que se consegue um efeito benéfico com o consumo um pouco superior ao correspondente a duas xícaras de café ao dia. As outras fontes de cafeína pesquisadas não tiveram o mesmo efeito terapêutico conseguida com o café.