quarta-feira, 4 de março de 2009

Estado emocional interfere em órgãos

Pesquisas confirmam que o estado psicológico interfere no funcionamento do corpo. Pessoas que apresentam problemas freqüentes de saúde costumam sofrer mais de estresse, depressão e ansiedade, segundo a psicóloga hospitalar Mayla Cosmo. Nesse estado, o indivíduo tornase suscetível a doenças físicas. Da mesma forma, estas afetam o estado psicológico. - Doença é uma forma de o paciente expressar um sofrimento psíquico. O corpo é a via de escape para a sobrecarga psíquica. Estresse, depressão e ansiedade podem agravar o quadro clínico - diz Mayla, da Clínica São Vicente e coordenadora da Inner Psicologia.A depressão atinge em cheio o sistema imunológico, deixando a pessoa sem suas defesas naturais. A ansiedade é outro fator importante no aparecimento de doenças ou no agravamento de sintomas. Uma vez doente, o indivíduo precisa adaptar-se à situação (uso de medicamentos, procedimentos invasivos, cirurgias e internação) e isto gera um desequilíbrio em sua vida. Além disso, ela passa a depender da equipe de saúde e, algumas vezes, não tem como controlar a situação. Também o estresse crônico, está intimamente ligado a doenças. Diante de um estímulo estressor, o organismo começa a liberar o hormônio cortisol, que vai minando o funcionamento de vários órgãos: - É preciso ressaltar que há outros fatores envolvidos nas doenças, como a genética, a alimentação, o uso de álcool, outras drogas e sedentarismo -. Algumas pessoas, como a senadora Roseana Sarney e o vicepresidente José Alencar, dizem que "não se entregam" e enfrentam seus problemas de saúde com coragem. Segundo Mayla, esta atitude positiva faz diferença na recuperação: - Sem dúvida o paciente mais otimista, com a atitude positiva tende a se recuperar melhor e rapidamente, porque ele coopera com a equipe de saúde e aceita mais facilmente os procedimentos e eventuais problemas. São muitos os fatores que levam uma pessoa a lidar melhor com problemas graves de saúde, afirma Mayla. A estrutura emocional prévia do paciente, sua idade e o momento da vida em que a doença apareceu. E ainda o tipo de problema de saúde e o tratamento aplicado; as sequelas; a relação médico-paciente; o apoio da família e de sua rede social, além dos recursos financeiros. Ter objetivos de vida e planos para o futuro ajudam no enfrentamento de doenças graves, observa a psicóloga.

Carlos Varaldo
Grupo Otimismo