segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Hepatite C - Tratar agora ou aguardar por novos medicamentos?


Em curto e médio prazo, isto é, entre 3 e 6 anos, novos medicamentos para o tratamento da hepatite C chegarão ao mercado. Por enquanto existe a duvida se estarão disponíveis medicamentos 100% orais ou se o interferon continuará sendo necessário combinado com esses medicamentos, mas que novos medicamentos chegarão, quanto a isso ninguém mais duvida. 

Certamente os novos medicamentos serão mais eficazes, toleráveis e seguros, o tratamento terá duração menor e servirão para todos os genótipos da hepatite C. 

A perspectiva de novas terapias levanta a questão de saber se o tratamento deve ser realizado agora ou se se deve esperar a chegada de novos medicamentos. Uma decisão difícil já que são muitos os fatores que devem ser considerados na decisão, fatores esses que atuam com maior ou menor celeridade em cada indivíduo. 

Não existe uma formula matemática que possa assegurar com total certeza qual será o quadro de dano hepático ou gravidade de um paciente daqui a três, quatro ou mais anos. Cada caso é um caso totalmente diferente. Por isso o médico simplesmente sugere, sendo então o paciente que deve tomar a decisão de tratar ou aguardar, sob sua inteira responsabilidade. 

Mas algumas situações podem, sim, ser consideradas na tomada de decisão, vejamos quais: 

1 - TRATE AGORA: 

- Infectados com o genótipo 1, com cirrose (F4) ou fibrose avançada (F3) sejam pacientes nunca antes tratados ou pacientes não respondedores a um tratamento anterior; 

- Infectados com os genótipos 2, 3, 4, 5 e 6, com cirrose (F4) ou fibrose avançada (F3) nunca antes tratados; 

- Infectados com hepatite C que apresentam manifestações extrahepáticas causadas pelo vírus C. 


2 - AGUARDAR NOVAS TERAPIAS: 

- Infectados com o genótipo 1, com fibrose F0, F1 ou F2 com resposta NULO a um tratamento anterior; 

- Infectados com os genótipos 2 ou 3, com recidiva ou não respondedores a um tratamento anterior; 

- Infectados com intolerabilidade ou baixa adesão ao interferon peguilado ou a ribavirina; 

- Contraindicações ao interferon peguilado ou a ribavirina. 


3 - PARA AVALIAR COM MUITO CRITÉRIO: 

- Infectados com o genótipo 1, com fibrose F0, F1 ou F2 não respondedores ou recidivantes a um tratamento anterior; 

- Infectados com os genótipos 2, 3, 4, 5 e 6, com fibrose F0, F1 ou F2, nunca antes tratados; 

- Infectados com qualquer genótipo, com fibrose F3 ou F4, com resposta parcial ou nulos de resposta a um tratamento anterior. 


4 - FATORES PRINCIPAIS A SEREM CONSIDERADOS PARA TOMAR A DECISÃO: 

- O grau de fibrose e a gravidade da doença hepática; 

- A resposta anterior a um tratamento; 

- A tolerabilidade ao interferon peguilado e a ribavirina. 

- O genótipo; 

- A existência de comorbidades; 

- A vontade do paciente, as consequências no tipo de trabalho do paciente, o planejamento familiar, a situação econômica e outras questões pessoais; 

- A possibilidade nos infectados com o genótipo 1 de utilização dos inibidores de proteases, excluindo todas as contraindicações e interações medicamentosas; 

- O resultado do teste IL28B. 

Agência de Notícias
das Hepatites