Rio - A morte da jovem Tainá dos Santos, 19 anos, em Cabo Frio, no sábado, trouxe à tona mais um problema do Programa Estadual de Transplantes. Os pais da menina, ao serem informados de que ela teria tido morte cerebral, tentaram doar os órgãos da filha. Segundo eles, falta de exames para atestar o óbito impediram a doação.
O corpo de Tainá está no Hospital Central de Emergência de Cabo Frio. Para que os órgãos sejam doados, é necessário que ela passe por arteriografia cerebral ou por eletroencefalograma. Nem o hospital de Cabo Frio nem outros hospitais públicos da região têm os aparelhos. “A Central de Transplantes não tem especialista para atestar morte cerebral e joga a responsabilidade para o hospital”, observa o presidente da ONG Dohe Fígado, Carlos Cabral.
A Secretaria Estadual de Saúde informa que a paciente sofreu politraumatismo e traumatismo craniano, afetando os órgãos da paciente de forma que eles não poderiam ser transplantados. E que a equipe da Central de Transplantes tentou falar com a família, mas não conseguiu.
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