1 - O que é cirrose?
A cirrose e uma condição na qual o fígado tem comprometidas muitas das suas funções. O fígado cirrótico se apresenta "duro" por causa de chamada "cicatrização" originada pela fibrose persistente durante longo período.
A fibrose dificulta a passagem do sangue. Quando a fibrose chega ao ponto em que interrompe totalmente o fluxo as células do fígado começam a morrer, formando "cicatrizes" (tal qual a protuberância que fica na pele após um corte profundo) passando o fígado a condição de cirrótico.
2 - O que causa a cirrose?
Muitas são causas que podem danificar o fígado, estando entre as mais comuns o abuso de bebidas alcoólicas, as hepatites B e C, a hepatite autoimune, diversas doenças genéticas e a esteatose (gordura depositada no fígado).
3 - Existem sintomas durante a cirrose?
As pessoas com cirrose podem apresentar sintomas dependendo do estagio em que ela se encontra. Os primeiros sintomas são a icterícia (olhos, pele e urina amarelada), coceira e fadiga.
4 - Conseqüências no organismo?
O fígado e chamado da "fabrica" do organismo, sendo responsável por processar e desintoxificar tudo aquilo que é ingerido pelo individuo, purificando o sangue e produzindo nutrientes vitais.
5 - Graus de cirrose?
A cirrose pode ser inicial, quando seus sintomas e conseqüências são poucas ou pode chegar ao extremo de provocar a falência do fígado, quando ela se torna irreversível.
A cirrose pode ser compensada ou descompensada. A cirrose compensada não apresenta sintomas que afetem a qualidade de vida do individuo. A descompensação acontece quando da repetição de episódios de ascites (conhecida como barriga de água pela acumulação de fluido no abdome), varizes sangrando no esôfago até finalmente episódios de encefalopatia hepática.
6 - Diagnostico da cirrose?
Indivíduos com cirrose não diagnosticada podem apresentar sintomas que também são comuns a outras doenças, dificultando a suspeita de cirrose. Entre os sintomas comuns que um cirrótico pode apresentar se encontram a fadiga, a insônia, a perda do apetite, a perda de peso, náuseas e debilidade.
Alguns sintomas e sinais são mais característicos a um quadro que poderia indicar uma cirrose inicial, entre os quais podem ser observados sinais de vasos capilares vermelhos sobre a pele do abdome superior, as palmas das mãos vermelhas ou manchadas, incomodo na região do fígado.
Quando a cirrose atinge um grau maior os sinais e sintomas se tornam mais evidentes, podendo médicos e profissionais de saúde de varias especialidades suspeitar de um dano hepático elevado, os quais deveriam encaminhar o paciente para um médico especializado em problemas hepáticos. Entre os sinais mais diretamente relacionados que devem ser considerados como suspeita se destacam a ascite (barriga inchada) a batida do coração acelerada, gengivas sangrando, braços e parte superior do corpo perdendo massa muscular, sensação de mal estar (ressaca) após ingerir bebidas alcoólicas, confusão mental, vertigem, acumulação de fluidos nos tornozelos, pés e pernas (edema), queda do cabelo, perda do desejo sexual, lapsos de memória, febres e infecções freqüentes, câimbras nos músculos, dor do lado direito do ombro, dificuldade de respiração, urina escura, forma cambaleante ao caminhar e vômitos de sangue.
Esclarecendo que não são todos os sintomas que aparecem, mas sendo conveniente que ao observar uma pessoa que apresente um deles a recomendação deva ser a de procurar um médico para falar sobre a conveniência de exames da função hepática.
7 - Tratamento da cirrose?
O tratamento principal será o destinado a combater a causa da cirrose. Se a cirrose foi provocada pelo abuso de bebidas alcoólicas o tratamento inicial será evitar totalmente o álcool, se a causa e medicamentosa o medicamento deverá ser retirado, se foi provocada por um vírus será o vírus que deverá ser atacado e, assim para cada causa da cirrose. Conjuntamente devem ser tratadas as complicações da cirrose.
Se existe acumulação de fluidos no abdome (ascite) ou edema (retenção de líquidos nas pernas) a recomendação será evitar a ingestão de sal e provavelmente será administrado um diurético. Em casos severos o fluido acumulado poderá ser drenado por meio de uma pequena cirurgia.
Pressão na veia porta, nas veias secundarias do fígado e ate da pressão arterial elevada podem ser controladas com diversos medicamentos para controle da pressão, objetivando evitar hemorragias. Em alguns casos é necessário colocar um stent na veia porta para assegurar o fluxo.
Existindo varizes no esôfago o tratamento procura as eliminar ou evitar sangramentos (hemorragias) podendo ser colocados pequenos elásticos nas veias, a colocação de tipss ou pela administração de medicamentos.
Existindo infecções o paciente receberá antibióticos específicos para cada uma delas.
Acontecendo a encefalopatia medicamentos ajudam a diminuir os níveis das toxinas que ocasionam o sintoma. Os sinais da encefalopatia devem ser bem explicados para que o próprio paciente os possa identificar o mais precocemente possível e assim procurar assistência medica.
O transplante de fígado e o tratamento final. Quando a falência hepática e inevitável o transplante e o procedimento valido para evitar a morte do paciente.
8 - CUIDADOS:
Todo paciente com cirrose, em qualquer grau, deve passar por exames periódicos para verificar a possível formação de tumores cancerígenos, os quais, se diagnosticados ainda no inicio possuem tratamento e controle. Exames de imagem devem ser realizados periodicamente, acompanhados de exames de sangue que detectam proteínas especificas do câncer.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Confraternização de Fim de Ano do Grupo Amarantes

O Grupo Amarantes realizou sua Confraternização de Fim de Ano no Clube Tamoio. Agradecemos a ajuda dos amigos: Paulinho Niterói (FUNASA/NITERÓI), Luiz Claudio Faria(FUNASA/NITEROI)meu irmão, Sergio Macedo (PRODERJ), Maria Candida e Maria Emilia do Grupo Genesis, e a todos os nossos amigos e associados. Não podemos nos esquecer também do Vice-presidente Elias (Clube Tamoio),futuro Presidente do clube que nos cedeu o espaço; muito obrigado Presidente, que DEUS abençoe você e sua familia. O Grupo Amarantes deseja a todos um FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO!!!
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Projeto dá aposentadoria integral a servidor com doença de fígado
A Câmara analisa o Projeto de Lei 5659/09, do Senado, que dá ao portador de doenças graves no fígado o direito à aposentadoria integral por invalidez permanente. A proposta altera o Regime Jurídico Único dos servidores públicos civis da União (Lei 8.112/90).
O projeto inclui a hepatopatia grave na lista das doenças que levam, obrigatoriamente, à aposentadoria por invalidez do servidor. O objetivo é assegurar a isonomia de tratamento entre os trabalhadores do setor público e da iniciativa privada, pois o Regime Geral da Previdência já prevê a possibilidade de aposentadoria integral por invalidez em decorrência de problemas no fígado.
Segundo o autor da proposta, senador Romeu Tuma (PTB-SP), o tratamento contra a hepatopatia grave não acompanhou os avanços no combate a outras moléstias, o que prova a necessidade de mudança da legislação. "A medicina brasileira muito evoluiu permitindo hoje transplantes do coração, rins, pulmão e outros órgãos. No entanto, o transplante de fígado é um dos mais complicados e o índice de sobrevivência é muito pequeno", ressalta.
Romeu Tuma lembra que o transplante de fígado, além dos riscos que envolvem qualquer cirurgia de grande porte, traz outros agravantes, como a obrigação de encontrar um doador compatível em poucas horas e o uso de potentes medicamentos para diminuir a possibilidade de rejeição.
Tramitação
A matéria será analisada, em caráter conclusivo e em regime de prioridade, pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Const ituição e Justiça e de Cidadania.
Íntegra da proposta:
•PL-5659/2009
Reportagem - Marcelo Oliveira
Edição João Pitella Junior
O projeto inclui a hepatopatia grave na lista das doenças que levam, obrigatoriamente, à aposentadoria por invalidez do servidor. O objetivo é assegurar a isonomia de tratamento entre os trabalhadores do setor público e da iniciativa privada, pois o Regime Geral da Previdência já prevê a possibilidade de aposentadoria integral por invalidez em decorrência de problemas no fígado.
Segundo o autor da proposta, senador Romeu Tuma (PTB-SP), o tratamento contra a hepatopatia grave não acompanhou os avanços no combate a outras moléstias, o que prova a necessidade de mudança da legislação. "A medicina brasileira muito evoluiu permitindo hoje transplantes do coração, rins, pulmão e outros órgãos. No entanto, o transplante de fígado é um dos mais complicados e o índice de sobrevivência é muito pequeno", ressalta.
Romeu Tuma lembra que o transplante de fígado, além dos riscos que envolvem qualquer cirurgia de grande porte, traz outros agravantes, como a obrigação de encontrar um doador compatível em poucas horas e o uso de potentes medicamentos para diminuir a possibilidade de rejeição.
Tramitação
A matéria será analisada, em caráter conclusivo e em regime de prioridade, pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Const ituição e Justiça e de Cidadania.
Íntegra da proposta:
•PL-5659/2009
Reportagem - Marcelo Oliveira
Edição João Pitella Junior
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
A dura realidade do 2º Colégio Eleitoral do RJ

Esclarecemos que em relação as hepatites virais, as drogas não são o único nem o maior meio de contaminação. Há muito tempo a velha pistola de vacinação e as seringas de vidro foram aposentadas; bancos de sangue foram fechados (quem se lembra do velho alfinete que servia para furar o dedo dos doadores)porém a contaminação continua de maneira acelerada. A inércia de SG em promover campanhas de esclarecimento e testagem já explodiu por diversas vezes uma terrível bomba viral, que contamina cem vezes mais que AIDS. Se em SP 10% das manicures estão contaminadas com hepatites do tipo b ou c, imaginem em nosso município. A caótica atuação da SMS, a falta de informação e a insistente desculpa que o município é pobre cada vez mais leva o sofrido povão a uma situação de calamidade pública, que o governo faz questão de esconder. Não adianta o Pronto Socorro funcionar bem se não existe resposta nos ambulatórios. A maioria dos males não pode ser tratada num pronto atendimento, carecem de políticas públicas de saúde eficientes que atendam as diversas demandas do município. O Grupo Amarantes deseja que nossos governantes acordem para o problema, e não se esqueçam que ano que vem entramos num ano eleitoral, e se os políticos do município não funcionam podemos buscar outros no município vizinho no caso NITERÓI.
Claudio Costa
Grupo Amarantes
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Infectados com AIDS ou hepatites não poderão ter filhos
Sim, essa e a nova lei no Qatar, país árabe. A partir de agora para poder casar os noivos deverão fazer testes e se positivos para AIDS, hepatites B ou C ou doenças genéticas serão proibidos de ter filhos.
A lei do governo do Qatar não somente é discriminatória, como considera que os portadores de algumas doenças são pessoas indignas de fazer parte da sociedade, os excluindo do direito sagrado do ser humano, o de se reproduzir, tal qual o Nazismo tentou fazer com o conceito da raça Ariana. Deveriam oferecer tratamento e não os proibir de ter filhos.
O Grupo Amarantes repudia as autoridades do Qatar e, solicita a todas as organizações que lutam pelos infectados com HIV e Hepatites que se manifestem contra a absurda discriminação.
Absurdo posicionamento, mas o extremismo dessa lei do governo do Qatar me faz lembrar a exigência que os bancos de sangue no Brasil ainda realizam a quem quer efetuar uma doação.
Na entrevista antes da doação se o potencial doador informar que na sua residência existe uma pessoa infectada com hepatite B ou C a doação não poderá ser efetuada, a não ser que o doador saia de casa e permaneça morando fora, longe de seu familiar infectado por mais de um ano, quando então poderá voltar e realizar a doação.
Sim caro leitor, quando já existem testes obrigatórios por lei, como o NAT, que deve ser realizado pelos bancos de sangue e detectam uma hepatite após duas semanas do provável contagio, pois a legislação do Ministério da Saúde, ultrapassada, ainda exige 12 meses de janela imunológica.
Fica ainda mais uma questão: Se 95% dos infectados com hepatite B ou C ainda não sabem que estão doentes, e dessa forma os familiares irão informar que ninguém na família tem hepatite, qual o real alcance dessa entrevista, qual a efetividade dela?
Aparentemente o mundo em vez de encarar as doenças prefere isolar os infectados em guetos. Primeiro foram os seguros de vida e planos de saúde de alguns países que exigem um exame médico para admitir novos clientes, depois políticos de alguns países apresentaram propostas para somente conceder visto de residência após exames de saúde, negando a residência a quem estiver doente. Na hepatite C o estigma após campanhas realizadas em conjunto a outros grupos de risco está fazendo com que a população entenda que todo infectado com hepatite C e usuário de drogas ou infectado com HIV/AIDS, como está acontecendo nos Estados Unidos.
A matéria do jornal árabe, traduzida literalmente a seguir, é encontrada em http://www.gulf-times.com/site/topics/article.asp?cu_no=2&item_no=331652&version=1&template_id=36&parent_id=16
A lei do governo do Qatar não somente é discriminatória, como considera que os portadores de algumas doenças são pessoas indignas de fazer parte da sociedade, os excluindo do direito sagrado do ser humano, o de se reproduzir, tal qual o Nazismo tentou fazer com o conceito da raça Ariana. Deveriam oferecer tratamento e não os proibir de ter filhos.
O Grupo Amarantes repudia as autoridades do Qatar e, solicita a todas as organizações que lutam pelos infectados com HIV e Hepatites que se manifestem contra a absurda discriminação.
Absurdo posicionamento, mas o extremismo dessa lei do governo do Qatar me faz lembrar a exigência que os bancos de sangue no Brasil ainda realizam a quem quer efetuar uma doação.
Na entrevista antes da doação se o potencial doador informar que na sua residência existe uma pessoa infectada com hepatite B ou C a doação não poderá ser efetuada, a não ser que o doador saia de casa e permaneça morando fora, longe de seu familiar infectado por mais de um ano, quando então poderá voltar e realizar a doação.
Sim caro leitor, quando já existem testes obrigatórios por lei, como o NAT, que deve ser realizado pelos bancos de sangue e detectam uma hepatite após duas semanas do provável contagio, pois a legislação do Ministério da Saúde, ultrapassada, ainda exige 12 meses de janela imunológica.
Fica ainda mais uma questão: Se 95% dos infectados com hepatite B ou C ainda não sabem que estão doentes, e dessa forma os familiares irão informar que ninguém na família tem hepatite, qual o real alcance dessa entrevista, qual a efetividade dela?
Aparentemente o mundo em vez de encarar as doenças prefere isolar os infectados em guetos. Primeiro foram os seguros de vida e planos de saúde de alguns países que exigem um exame médico para admitir novos clientes, depois políticos de alguns países apresentaram propostas para somente conceder visto de residência após exames de saúde, negando a residência a quem estiver doente. Na hepatite C o estigma após campanhas realizadas em conjunto a outros grupos de risco está fazendo com que a população entenda que todo infectado com hepatite C e usuário de drogas ou infectado com HIV/AIDS, como está acontecendo nos Estados Unidos.
A matéria do jornal árabe, traduzida literalmente a seguir, é encontrada em http://www.gulf-times.com/site/topics/article.asp?cu_no=2&item_no=331652&version=1&template_id=36&parent_id=16
Até 60% dos pacientes em tratamento da hepatite C não estão notificados
A importância do Controle Social fica mais que evidente ao verificar os resultados da denuncia efetuada pela Telma Alcazar, do MegLon - Grupo Margarete Barella de Apoio aos Portadores de Hepatite de Londrina e Região no Ministério Público.
Para responder ao Ministério Publico, o coordenador do Programa Estadual de Hepatites realizou um levantamento no mês de setembro, encontrando que dos 986 pacientes tratados da hepatite C no estado do Paraná, 477, representando 48,4% do total não estavam notificados, conforme exige a lei, já que se trata de uma doença de notificação compulsória, conforme a Portaria n° 5 de 21/02/2006 da secretaria de vigilância sanitária do ministério da saúde.
Pior ainda, na região de Londrina, onde fica o Grupo MegLon, dos 91 pacientes em tratamento, 55, representando 60,4% do total não se encontram notificados.
MEUS COMENTÁRIOS:
Já realizei um levantamento para estimar os casos que deveriam ser notificados pelos bancos de sangue, CTAs, hospitais públicos e médicos particulares, chegando a um resultado assombroso e assustador: até 80% dos casos suspeitos nas hepatites B e C não são notificados.
O levantamento realizado pelo Programa Estadual de Hepatites do Paraná demonstra o descontrole total que existem nas notificações ao se constatar que a metade dos pacientes em tratamento não se encontra notificada. No Rio de janeiro já encontramos pacientes transplantados, isso mesmo "transplantados" por causa de hepatite C que não estão notificados.
Parabenizo publicamente a Telma Alcazar pela denuncia realizada e, a Renato Lopez, coordenador do programa, por ter tido a honestidade de apresentar a realidade existente. Um exemplo que deveria ser seguido em todos os estados do Brasil, para tentar colocar ordem na casa.
Ao mesmo tempo fica no ar a pergunta: Qual o objetivo da Secretaria de Vigilância Epidemiologia do Ministério da Saúde, a qual sabendo, já de muito tempo da falta de notificação, nada faz para solucionar o problema?
É bom lembrar que não notificar e crime previsto em Lei, o qual pode dar até seis meses de prisão, mas também, quem tem a atribuição de controlar as notificações e sabendo da inexistência das notificações nada faz, também está cometendo o mesmo crime, por conivência. Não seria o caso de denunciar o Secretário de Vigilância Epidemiológica e o Secretario de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde na Policia Federal?
Estaremos realizando está pergunta a Defensoria Pública da União, pois deles deverá sair a denuncia crime se for cabível. Pode ser uma medida drástica, um golpe baixo, mas é necessário acabar com o sistema SINAN e criar um especifico para as hepatites, que possa ser preenchido eletronicamente na própria página do ministério da saúde por qualquer profissional da saúde.
Dificultar a notificação, pela complexidade do sistema, pela burocracia do mesmo, pode até ter como finalidade que os casos não cheguem a ser notificados e, dessa forma, ao não aparecer na estatística, a hepatite não é um grave problema de saúde no Brasil. Se o problema não aparece nos números, então não é necessário se dispor de ações e recursos para oferecer tratamento aos infectados.
O Grupo MegLon - Grupo Margarete Barella de Apoio aos Portadores de Hepatite de Londrina e Região, segue os princípios de atuação no Controle Social da AIGA - Aliança Independente dos Grupos de Apoio, da qual faz parte.
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
Para responder ao Ministério Publico, o coordenador do Programa Estadual de Hepatites realizou um levantamento no mês de setembro, encontrando que dos 986 pacientes tratados da hepatite C no estado do Paraná, 477, representando 48,4% do total não estavam notificados, conforme exige a lei, já que se trata de uma doença de notificação compulsória, conforme a Portaria n° 5 de 21/02/2006 da secretaria de vigilância sanitária do ministério da saúde.
Pior ainda, na região de Londrina, onde fica o Grupo MegLon, dos 91 pacientes em tratamento, 55, representando 60,4% do total não se encontram notificados.
MEUS COMENTÁRIOS:
Já realizei um levantamento para estimar os casos que deveriam ser notificados pelos bancos de sangue, CTAs, hospitais públicos e médicos particulares, chegando a um resultado assombroso e assustador: até 80% dos casos suspeitos nas hepatites B e C não são notificados.
O levantamento realizado pelo Programa Estadual de Hepatites do Paraná demonstra o descontrole total que existem nas notificações ao se constatar que a metade dos pacientes em tratamento não se encontra notificada. No Rio de janeiro já encontramos pacientes transplantados, isso mesmo "transplantados" por causa de hepatite C que não estão notificados.
Parabenizo publicamente a Telma Alcazar pela denuncia realizada e, a Renato Lopez, coordenador do programa, por ter tido a honestidade de apresentar a realidade existente. Um exemplo que deveria ser seguido em todos os estados do Brasil, para tentar colocar ordem na casa.
Ao mesmo tempo fica no ar a pergunta: Qual o objetivo da Secretaria de Vigilância Epidemiologia do Ministério da Saúde, a qual sabendo, já de muito tempo da falta de notificação, nada faz para solucionar o problema?
É bom lembrar que não notificar e crime previsto em Lei, o qual pode dar até seis meses de prisão, mas também, quem tem a atribuição de controlar as notificações e sabendo da inexistência das notificações nada faz, também está cometendo o mesmo crime, por conivência. Não seria o caso de denunciar o Secretário de Vigilância Epidemiológica e o Secretario de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde na Policia Federal?
Estaremos realizando está pergunta a Defensoria Pública da União, pois deles deverá sair a denuncia crime se for cabível. Pode ser uma medida drástica, um golpe baixo, mas é necessário acabar com o sistema SINAN e criar um especifico para as hepatites, que possa ser preenchido eletronicamente na própria página do ministério da saúde por qualquer profissional da saúde.
Dificultar a notificação, pela complexidade do sistema, pela burocracia do mesmo, pode até ter como finalidade que os casos não cheguem a ser notificados e, dessa forma, ao não aparecer na estatística, a hepatite não é um grave problema de saúde no Brasil. Se o problema não aparece nos números, então não é necessário se dispor de ações e recursos para oferecer tratamento aos infectados.
O Grupo MegLon - Grupo Margarete Barella de Apoio aos Portadores de Hepatite de Londrina e Região, segue os princípios de atuação no Controle Social da AIGA - Aliança Independente dos Grupos de Apoio, da qual faz parte.
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Porque é conveniente tratar a hepatite C antes dos 50 anos
A cada dia são apresentados novos estudos que mostram a importância da idade para se conseguir sucesso com o tratamento da hepatite C, questão que coloca serias duvidas sobre se realmente vale a pena aguardar atingir um grau de fibrose F2 para se iniciar o tratamento.
Os pesquisadores de um estudo realizado com 569 pacientes infetados com o genótipo 1 da hepatite C, participantes da fase 2 dos ensaios clínicos com Pegasys e ribavirina ajustada ao peso do paciente, chamados NV15801 e NV15942 analisaram o fator idade dos pacientes para observar as chances de manter a resposta sustentada, conseguindo a cura da doença.
Os dados mostraram que quando os pacientes são separados pela idade de 50 anos, foi encontrado que os abaixo dos 50 anos conseguiram 52% de sucesso com o tratamento, já entre os pacientes acima dos 50 anos a possibilidade de cura era menor, de 39%.
O estudo apresenta varias comparações, mas a que mais chama a atenção e que existe uma diferença significativa na recidiva do vírus entre os pacientes que completaram o tratamento de 48 semanas com o vírus indetectavel. Após o tratamento 25% dos pacientes com menos 50 anos perderam o tratamento com a recidiva do vírus, mas entre os pacientes acima de 50 anos a perda do tratamento atingiu 41% dos pacientes na mesma condição.
Segundo os pesquisadores uma das probabilidades desse elevado índice de recidivas entre os pacientes com mais de 50 anos de idade poderia ser a que entre os pacientes de maior idade foram encontrados menores concentrações de ribavirina no sangue, já que em pacientes mais velhos se observa uma maior anemia, obrigando os médicos em muitos casos a diminuir a dosagem da ribavirina. A menor adesão à dosagem completa de ribavirina confirma ser o principal fator da recidiva do vírus após o final do tratamento
Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
KR Reddy, D Messinger, M Popescu, and others. Peginterferon alfa-2a (40kDa) and ribavirin: comparable rates of sustained virological response in sub-sets of older and younger HCV genotype 1 patients. Journal of Viral Hepatitis 16(10): 724-731. October 2009
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
O Grupo Amarantes e afiliado a AIGA - ALIANÇA INDEPENDENTE DOS GRUPOS DE APOIO - www.aigabrasil.org
Os pesquisadores de um estudo realizado com 569 pacientes infetados com o genótipo 1 da hepatite C, participantes da fase 2 dos ensaios clínicos com Pegasys e ribavirina ajustada ao peso do paciente, chamados NV15801 e NV15942 analisaram o fator idade dos pacientes para observar as chances de manter a resposta sustentada, conseguindo a cura da doença.
Os dados mostraram que quando os pacientes são separados pela idade de 50 anos, foi encontrado que os abaixo dos 50 anos conseguiram 52% de sucesso com o tratamento, já entre os pacientes acima dos 50 anos a possibilidade de cura era menor, de 39%.
O estudo apresenta varias comparações, mas a que mais chama a atenção e que existe uma diferença significativa na recidiva do vírus entre os pacientes que completaram o tratamento de 48 semanas com o vírus indetectavel. Após o tratamento 25% dos pacientes com menos 50 anos perderam o tratamento com a recidiva do vírus, mas entre os pacientes acima de 50 anos a perda do tratamento atingiu 41% dos pacientes na mesma condição.
Segundo os pesquisadores uma das probabilidades desse elevado índice de recidivas entre os pacientes com mais de 50 anos de idade poderia ser a que entre os pacientes de maior idade foram encontrados menores concentrações de ribavirina no sangue, já que em pacientes mais velhos se observa uma maior anemia, obrigando os médicos em muitos casos a diminuir a dosagem da ribavirina. A menor adesão à dosagem completa de ribavirina confirma ser o principal fator da recidiva do vírus após o final do tratamento
Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
KR Reddy, D Messinger, M Popescu, and others. Peginterferon alfa-2a (40kDa) and ribavirin: comparable rates of sustained virological response in sub-sets of older and younger HCV genotype 1 patients. Journal of Viral Hepatitis 16(10): 724-731. October 2009
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
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domingo, 13 de dezembro de 2009
O chá verde pode ajudar o fígado?
Foi publicado em World Journal of Gastroenterology um estudo realizado pelo Prof. Hong-Yon Cho da Universidade da Coréia, realizado em ratos, pelo qual comprova (em animais) o efeito hepatoprotetor do chá verde.
Na pesquisa os ratos foram induzidos a produtos que comprovadamente prejudicam o fígado, o inflamando e provocando fibrose ou Colestase. Foram utilizadas substancias como álcool e tetraclorido carbono em todos os ratos para induzir o aparecimento das doenças.
Alguns ratos receberam um extrato de chá verde, outros nada receberam, objetivando comparar os dois grupos.
Os resultados mostraram que a administração do extrato de chá verde conseguiu prevenir o desenvolvimento da fibrose nos ratos expostos aos agentes causadores de danos no fígado. O efeito foi comprovado por biopsias dos fígados e por marcadores para medir a formação de colágeno no fígado.
Os pesquisadores concluem que o chá verde pode proteger as células do fígado ao reduzir o colágeno no fígado, podendo ser uma estratégia segura e efetiva para melhorar a fibrose existente.
MEUS COMENTÁRIOS
Devo alertar que a pesquisa foi feita em ratos e não em seres humanos. Muitas pesquisas realizadas em animais não se confirmam quando realizadas em seres humanos.
O chá verde e utilizado na China há mais de 2.000 anos, o que assegura uma boa confiabilidade quanto a não ocasionar efeitos maléficos à saúde, mas alguns cuidados devem ser tomados. Por exemplo, o chá verde em cápsulas pode causar problemas hepáticos, devendo ser totalmente evitado.
É muito fácil preparar o chá-verde, mas há algumas regras para preservar os princípios ativos da erva: coloque a água para ferver e assim que surgirem as primeiras bolhas de ar (antes de começar o processo de ebulição), apague o fogo. Acrescente a erva (o ideal são 2 colheres de sopa para 1 litro de água) e abafe por 2 ou 3 minutos. Depois é só coar e tomar.
Preparar o chá-verde com outra erva melhora o sabor. Pode ser erva-cidreira, hortelã, erva-doce. Ferver a água com um pedaço de casca de abacaxi ou de manga é outra tática para deixar o chá menos amargo.
Evite tomar o chá de estômago vazio ou muito cheio, diminuindo o risco de sentir enjoo ou azia.
Extraído da planta Camellia sinensis, tem altas concentrações de antioxidantes. Outra pesquisa, dessa vez realizada na Universidade de Tohoku, no Japão, e publicada recentemente no The Journal of the American Medical Association (Jama), mostrou que a erva é eficaz na prevenção de doenças do coração. Seus compostos reforçam as artérias, diminuem as taxas de colesterol ruim e bloqueiam o acúmulo de gordura na parede dos vasos sanguíneos.
Se você está tomando algum medicamento não beba o chá verde sem consultar seu médico. Não exagere bebendo mais de que cinco xícaras ao dia, pois o excesso e contraproducente para o fígado.
Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
Antifibrotic effects of green tea on in vitro and in vivo models of liver fibrosis. - Kim HK, Yang TH, Cho HY. - World J Gastroenterol 2009; 15(41): 5200-5205
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
O Grupo Amarantes e afiliado a AIGA - ALIANÇA INDEPENDENTE DOS GRUPOS DE APOIO - www.aigabrasil.org
Na pesquisa os ratos foram induzidos a produtos que comprovadamente prejudicam o fígado, o inflamando e provocando fibrose ou Colestase. Foram utilizadas substancias como álcool e tetraclorido carbono em todos os ratos para induzir o aparecimento das doenças.
Alguns ratos receberam um extrato de chá verde, outros nada receberam, objetivando comparar os dois grupos.
Os resultados mostraram que a administração do extrato de chá verde conseguiu prevenir o desenvolvimento da fibrose nos ratos expostos aos agentes causadores de danos no fígado. O efeito foi comprovado por biopsias dos fígados e por marcadores para medir a formação de colágeno no fígado.
Os pesquisadores concluem que o chá verde pode proteger as células do fígado ao reduzir o colágeno no fígado, podendo ser uma estratégia segura e efetiva para melhorar a fibrose existente.
MEUS COMENTÁRIOS
Devo alertar que a pesquisa foi feita em ratos e não em seres humanos. Muitas pesquisas realizadas em animais não se confirmam quando realizadas em seres humanos.
O chá verde e utilizado na China há mais de 2.000 anos, o que assegura uma boa confiabilidade quanto a não ocasionar efeitos maléficos à saúde, mas alguns cuidados devem ser tomados. Por exemplo, o chá verde em cápsulas pode causar problemas hepáticos, devendo ser totalmente evitado.
É muito fácil preparar o chá-verde, mas há algumas regras para preservar os princípios ativos da erva: coloque a água para ferver e assim que surgirem as primeiras bolhas de ar (antes de começar o processo de ebulição), apague o fogo. Acrescente a erva (o ideal são 2 colheres de sopa para 1 litro de água) e abafe por 2 ou 3 minutos. Depois é só coar e tomar.
Preparar o chá-verde com outra erva melhora o sabor. Pode ser erva-cidreira, hortelã, erva-doce. Ferver a água com um pedaço de casca de abacaxi ou de manga é outra tática para deixar o chá menos amargo.
Evite tomar o chá de estômago vazio ou muito cheio, diminuindo o risco de sentir enjoo ou azia.
Extraído da planta Camellia sinensis, tem altas concentrações de antioxidantes. Outra pesquisa, dessa vez realizada na Universidade de Tohoku, no Japão, e publicada recentemente no The Journal of the American Medical Association (Jama), mostrou que a erva é eficaz na prevenção de doenças do coração. Seus compostos reforçam as artérias, diminuem as taxas de colesterol ruim e bloqueiam o acúmulo de gordura na parede dos vasos sanguíneos.
Se você está tomando algum medicamento não beba o chá verde sem consultar seu médico. Não exagere bebendo mais de que cinco xícaras ao dia, pois o excesso e contraproducente para o fígado.
Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
Antifibrotic effects of green tea on in vitro and in vivo models of liver fibrosis. - Kim HK, Yang TH, Cho HY. - World J Gastroenterol 2009; 15(41): 5200-5205
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
O Grupo Amarantes e afiliado a AIGA - ALIANÇA INDEPENDENTE DOS GRUPOS DE APOIO - www.aigabrasil.org
A idade, o sexo e as possibilidades de curar a hepatite C
O avanço do conhecimento médico se consegue em função de evidencias comprovadas. Um dos melhores ''fornecedores'' desse conhecimento são os resultantes de estatísticas comparando grandes números de pacientes tratados obtidos por diferentes pesquisas, com os quais se consegue melhorar os conceitos dos tratamentos e assim aumentar a resposta terapêutica.
O ano de 2009 foi muito bom nesse sentido e a disseminação desses conhecimentos em congressos e publicações cientificas esta oferecendo aos infectados com as hepatites maiores possibilidades no relativo à quando e como tratar para conseguir uma maior possibilidade de cura.
Na hepatite C números estatísticos que surpreendem em relação à progressão da doença e ao tratamento são resultado de diversos estudos que comprovaram que são fatores muito importantes a ser considerados a idade, o sexo, o grau de fibrose, o tempo de infecção e a menopausa nas mulheres.
Um dos estudos pesquisou a importância da idade na progressão da fibrose selecionando 163 pacientes entre 23 e 84 anos de idade (media de 55 anos) com fibrose F3 ou superior. Foi encontrado de 66% dos homens apresentavam progressão de fibrose mais alta, igual ou superior a F3, mas entre as mulheres somente 41% tinham atingido grau de fibrose similar. Mas ao comparar somente os pacientes com menos de 50 anos de idade foi encontrado que 51% dos homens já tinham atingido esse grau de fibrose, mas surpreendentemente somente 11% das mulheres tinham chegado a sequer um grau F3. Já no grupo com mais de 50 anos, 77% dos homens atingiram a fibrose F3 ou superior e o percentual entre as mulheres atingia 61% delas, quase que igualando o percentual dos homens.
Sempre foi conhecido que mulheres apresentam uma progressão mais lenta que os homens, mas este estudo ao separar por faixas, abaixo e acima dos 50 anos, também inclui entre as mulheres o efeito da menopausa, já que estudos anteriores indicavam que poderia existir alguma correlação entre o estrogênio e a progressão da doença.
A conclusão dos pesquisadores confirma que as mulheres realmente progridem mais lentamente ate atingir a menopausa, mas que após a menopausa a progressão do dano hepático acelera fortemente. Os autores suspeitam que o estrogênio possa, sim, ser benéfico para as mulheres, sugerindo que após a menopausa de mulheres infectadas com a hepatite C a reposição hormonal com estrogênio deveria ser considerada para evitar a aceleração da progressão da fi
Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
Hepatitis C and Menopause: Interplay of Age, Gender, HCV Replication and Activity in Progression and Consequence for Therapy, Trépo, Bailly, Moreno, Lemmers, Adler, and Pradat - AASLD 2009
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
O Grupo Amarantes e afiliado a AIGA - ALIANÇA INDEPENDENTE DOS GRUPOS DE APOIO - www.aigabrasil.org
O ano de 2009 foi muito bom nesse sentido e a disseminação desses conhecimentos em congressos e publicações cientificas esta oferecendo aos infectados com as hepatites maiores possibilidades no relativo à quando e como tratar para conseguir uma maior possibilidade de cura.
Na hepatite C números estatísticos que surpreendem em relação à progressão da doença e ao tratamento são resultado de diversos estudos que comprovaram que são fatores muito importantes a ser considerados a idade, o sexo, o grau de fibrose, o tempo de infecção e a menopausa nas mulheres.
Um dos estudos pesquisou a importância da idade na progressão da fibrose selecionando 163 pacientes entre 23 e 84 anos de idade (media de 55 anos) com fibrose F3 ou superior. Foi encontrado de 66% dos homens apresentavam progressão de fibrose mais alta, igual ou superior a F3, mas entre as mulheres somente 41% tinham atingido grau de fibrose similar. Mas ao comparar somente os pacientes com menos de 50 anos de idade foi encontrado que 51% dos homens já tinham atingido esse grau de fibrose, mas surpreendentemente somente 11% das mulheres tinham chegado a sequer um grau F3. Já no grupo com mais de 50 anos, 77% dos homens atingiram a fibrose F3 ou superior e o percentual entre as mulheres atingia 61% delas, quase que igualando o percentual dos homens.
Sempre foi conhecido que mulheres apresentam uma progressão mais lenta que os homens, mas este estudo ao separar por faixas, abaixo e acima dos 50 anos, também inclui entre as mulheres o efeito da menopausa, já que estudos anteriores indicavam que poderia existir alguma correlação entre o estrogênio e a progressão da doença.
A conclusão dos pesquisadores confirma que as mulheres realmente progridem mais lentamente ate atingir a menopausa, mas que após a menopausa a progressão do dano hepático acelera fortemente. Os autores suspeitam que o estrogênio possa, sim, ser benéfico para as mulheres, sugerindo que após a menopausa de mulheres infectadas com a hepatite C a reposição hormonal com estrogênio deveria ser considerada para evitar a aceleração da progressão da fi
Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
Hepatitis C and Menopause: Interplay of Age, Gender, HCV Replication and Activity in Progression and Consequence for Therapy, Trépo, Bailly, Moreno, Lemmers, Adler, and Pradat - AASLD 2009
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
O Grupo Amarantes e afiliado a AIGA - ALIANÇA INDEPENDENTE DOS GRUPOS DE APOIO - www.aigabrasil.org
Saúde corta verba para medicamentos, dizem Estados
Jornal O Estado de S. Paulo - 04/12/2009
Documento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) afirma que o orçamento federal para a compra de medicamentos em 2010 é menor do que o deste ano. O valor de R$ 3,3 bilhões representa uma redução 4%, ou R$ 140,7 milhões, e deverá afetar até mesmo o abastecimento de medicamentos especiais, como os usados para o combate de doenças como o câncer e a hepatite, por exemplo, diz o órgão. Além disso, não condiz com a promessa de ampliação do uso e do número de medicamentos disponibilizados pela rede pública, anunciada na quarta-feira pelo governo federal.
"Toda a conformação do orçamento está na contramão do discurso do Ministério da Saúde", critica a presidente do conselho, Beatriz Dobashi, secretária da Saúde do Mato Grosso do Sul. "Não há como atualizar protocolos de tratamento e incorporar novas tecnologias. Sem recursos adicionais, haverá um colapso do sistema."
No total, o Conass cobra um acréscimo de R$ 8 bilhões aos R$ 31 bilhões que o governo pretende destinar a medicamentos especiais e básicos, ao financiamento de procedimentos de média e alta complexidade, como cirurgias cardiológicas, e à atenção básica, que engloba o atendimento em postos de saúde.
O documento do Conass destaca que os valores ofertados para média e alta complexidade, por exemplo, podem "trazer significativas dificuldades para a oferta e a ampliação de atendimentos". No caso dos medicamentos, segundo os secretários, "o valor é insuficiente para fazer frente ao crescimento da demanda". Segundo o Conass, o valor de R$ 2,4 bilhões para os remédios especiais representa 3,4% de redução em relação ao Orçamento 2009.
Documento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) afirma que o orçamento federal para a compra de medicamentos em 2010 é menor do que o deste ano. O valor de R$ 3,3 bilhões representa uma redução 4%, ou R$ 140,7 milhões, e deverá afetar até mesmo o abastecimento de medicamentos especiais, como os usados para o combate de doenças como o câncer e a hepatite, por exemplo, diz o órgão. Além disso, não condiz com a promessa de ampliação do uso e do número de medicamentos disponibilizados pela rede pública, anunciada na quarta-feira pelo governo federal.
"Toda a conformação do orçamento está na contramão do discurso do Ministério da Saúde", critica a presidente do conselho, Beatriz Dobashi, secretária da Saúde do Mato Grosso do Sul. "Não há como atualizar protocolos de tratamento e incorporar novas tecnologias. Sem recursos adicionais, haverá um colapso do sistema."
No total, o Conass cobra um acréscimo de R$ 8 bilhões aos R$ 31 bilhões que o governo pretende destinar a medicamentos especiais e básicos, ao financiamento de procedimentos de média e alta complexidade, como cirurgias cardiológicas, e à atenção básica, que engloba o atendimento em postos de saúde.
O documento do Conass destaca que os valores ofertados para média e alta complexidade, por exemplo, podem "trazer significativas dificuldades para a oferta e a ampliação de atendimentos". No caso dos medicamentos, segundo os secretários, "o valor é insuficiente para fazer frente ao crescimento da demanda". Segundo o Conass, o valor de R$ 2,4 bilhões para os remédios especiais representa 3,4% de redução em relação ao Orçamento 2009.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Vacina da hepatite C - Apresentados resultados da pesquisa
A empresa sueca "Triped" que pesquisa desde o ano de 2002 uma vacina terapêutica, de nome "ChronVac" para ser utilizada no tratamento da hepatite C acaba de apresentar resultados prévios de mais uma fase das pesquisas.
A vacina "ChronVac" não é destinada para evitar a hepatite C sendo seu objetivo o tratamento de pessoas infectadas, tratando-se de uma vacina terapêutica.
A vacina foi aplicada em 12 pacientes infectados com o genótipo 1 da hepatite C com o objetivo de avaliar a segurança, os efeitos colaterais, a imunigenecidade e o efeito sobre a carga viral.
Diversas dosagens da vacina "ChronVac" foram experimentadas em quatro grupos de três pacientes cada. No grupo de maior dosagem foi conseguida uma redução de 2,4 LOG na carga viral, mas nenhum dos 12 pacientes conseguiu negativar o vírus utilizando a vacina.
Os pesquisadores informam que a intenção e utilizar a vacina em combinação com interferon peguilado e ribavirina, para tentar aumentar a resposta ao tratamento convencional, estudos que deverão ter inicio já em 2010.
A empresa comunica que foi autorizada pela agencia reguladora de medicamento da Suécia para dar início a um ensaio clinico para experimentar uma vacina "ChronVac" de segunda geração, desenhada para ser utilizada em monoterapia, isto é, sem necessidade de interferon e ribavirina.
É sonho de todos que algum dia possa existir uma vacina terapêutica, mas por enquanto todas as pesquisas fracassaram. A vacina "ChronVac" e a única que poderia ter possibilidades de sucesso, mas a chegada ao mercado, se tudo correr sem enfrentar qualquer tipo de problemas será coisa para daqui a uns cinco anos, nunca antes disso.
Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
Release da empresa Triped - http://tripep.se
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
A vacina "ChronVac" não é destinada para evitar a hepatite C sendo seu objetivo o tratamento de pessoas infectadas, tratando-se de uma vacina terapêutica.
A vacina foi aplicada em 12 pacientes infectados com o genótipo 1 da hepatite C com o objetivo de avaliar a segurança, os efeitos colaterais, a imunigenecidade e o efeito sobre a carga viral.
Diversas dosagens da vacina "ChronVac" foram experimentadas em quatro grupos de três pacientes cada. No grupo de maior dosagem foi conseguida uma redução de 2,4 LOG na carga viral, mas nenhum dos 12 pacientes conseguiu negativar o vírus utilizando a vacina.
Os pesquisadores informam que a intenção e utilizar a vacina em combinação com interferon peguilado e ribavirina, para tentar aumentar a resposta ao tratamento convencional, estudos que deverão ter inicio já em 2010.
A empresa comunica que foi autorizada pela agencia reguladora de medicamento da Suécia para dar início a um ensaio clinico para experimentar uma vacina "ChronVac" de segunda geração, desenhada para ser utilizada em monoterapia, isto é, sem necessidade de interferon e ribavirina.
É sonho de todos que algum dia possa existir uma vacina terapêutica, mas por enquanto todas as pesquisas fracassaram. A vacina "ChronVac" e a única que poderia ter possibilidades de sucesso, mas a chegada ao mercado, se tudo correr sem enfrentar qualquer tipo de problemas será coisa para daqui a uns cinco anos, nunca antes disso.
Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
Release da empresa Triped - http://tripep.se
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
Laboratórios acusados de vender remédio contaminado propõem até R$ 50 mil a brasileiros; valor causa revolta
Fabiane Leite
Os laboratórios farmacêuticos Baxter, Bayer, Alpha e Armour ofereceram pagar entre R$ 14 mil e R$ 50 mil como indenização a cada um dos cerca de 300 hemofílicos brasileiros que teriam recebido, nos anos 80, medicamentos contaminados pelo HIV e pelo vírus da hepatite C, naquele que é considerado um dos maiores escândalos da indústria farmacêutica. Os casos não teriam ocorrido só no Brasil - os laboratórios são acusados de terem fornecido remédios contaminados a milhares de pacientes em um total de 15 países dos 5 continentes.
Advogados e parte dos pacientes brasileiros atingidos consideram os valores inadequados. Só o tratamento contra hepatite C no País pode custar aos cofres públicos, por paciente, R$ 72 mil ao ano, argumentam doentes.
As empresas divulgaram nesta semana um comunicado mundial sobre o acordo. "As empresas que produzem esses medicamentos concordaram com o acordo, que se refere a circunstâncias que ocorreram há mais de 20 anos, destacando que não tiveram responsabilidade pelo fato. (...) Reafirmam que sempre agiram de forma responsável e ética para fornecer terapias que salvam vidas dos pacientes com hemofilia em todo o mundo", dizem as multinacionais. Os laboratórios argumentam principalmente que as drogas foram produzidas em uma época em que era desconhecida a possibilidade de transmissão do vírus da aids pelo sangue, por exemplo.
No entanto, em 2003, reportagem do jornal norte-americano The New York Times apontou que as empresas sabiam que poderiam estar vendendo produtos contaminados.
Foi um crime contra a humanidade!
Se eu assinar esse acordo, estarei incentivando esses laboratórios a continuar contaminando e matando pessoas. O valor não vai trazer nossa saúde de volta, mas o que foi proposto não significa nada para eles, afirma o livreiro Luiz de Souza e Silva, de 62 anos, que afirma ter contraído hepatite C ao usar os remédios.
Segundo Leonardo Amarante, que representa no Brasil o escritório de advocacia norte-americano Lieff Cabraser, defensor da maior parte dos infectados no País, as empresas se beneficiaram depois que a Justiça daquele país recusou que os processos de brasileiros seguissem nos Estados Unidos. Com isso, afirma, quem não aceitar o que foi oferecido terá de ingressar com processo na Justiça brasileira, com todas as dificuldades inerentes.
"O processo nos EUA está perdido e os valores realmente são baixos. A vida não tem preço, mas é uma proposta que leva em conta o que ocorreu na Justiça norte-americana", afirma Amarante, que se recusou a falar de valores específicos. As indenizações ofertadas já descontam honorários advocatícios e variam em cada país, pois levam em conta a renda média da população.
O publicitário Renato Cunha, de 46 anos, que também processava os laboratórios nos EUA, cobra transparência sobre os valores originalmente ofertados, e as variações em cada País, ainda não comunicados aos doentes. "Não há valor que compense, mas esse é muito pequeno para um caso de contaminação", diz Cunha, que também afirma ter contraído hepatite C. O escritório informou que repassará a prestação de contas com os valores originais do acordo.
Os laboratórios farmacêuticos Baxter, Bayer, Alpha e Armour ofereceram pagar entre R$ 14 mil e R$ 50 mil como indenização a cada um dos cerca de 300 hemofílicos brasileiros que teriam recebido, nos anos 80, medicamentos contaminados pelo HIV e pelo vírus da hepatite C, naquele que é considerado um dos maiores escândalos da indústria farmacêutica. Os casos não teriam ocorrido só no Brasil - os laboratórios são acusados de terem fornecido remédios contaminados a milhares de pacientes em um total de 15 países dos 5 continentes.
Advogados e parte dos pacientes brasileiros atingidos consideram os valores inadequados. Só o tratamento contra hepatite C no País pode custar aos cofres públicos, por paciente, R$ 72 mil ao ano, argumentam doentes.
As empresas divulgaram nesta semana um comunicado mundial sobre o acordo. "As empresas que produzem esses medicamentos concordaram com o acordo, que se refere a circunstâncias que ocorreram há mais de 20 anos, destacando que não tiveram responsabilidade pelo fato. (...) Reafirmam que sempre agiram de forma responsável e ética para fornecer terapias que salvam vidas dos pacientes com hemofilia em todo o mundo", dizem as multinacionais. Os laboratórios argumentam principalmente que as drogas foram produzidas em uma época em que era desconhecida a possibilidade de transmissão do vírus da aids pelo sangue, por exemplo.
No entanto, em 2003, reportagem do jornal norte-americano The New York Times apontou que as empresas sabiam que poderiam estar vendendo produtos contaminados.
Foi um crime contra a humanidade!
Se eu assinar esse acordo, estarei incentivando esses laboratórios a continuar contaminando e matando pessoas. O valor não vai trazer nossa saúde de volta, mas o que foi proposto não significa nada para eles, afirma o livreiro Luiz de Souza e Silva, de 62 anos, que afirma ter contraído hepatite C ao usar os remédios.
Segundo Leonardo Amarante, que representa no Brasil o escritório de advocacia norte-americano Lieff Cabraser, defensor da maior parte dos infectados no País, as empresas se beneficiaram depois que a Justiça daquele país recusou que os processos de brasileiros seguissem nos Estados Unidos. Com isso, afirma, quem não aceitar o que foi oferecido terá de ingressar com processo na Justiça brasileira, com todas as dificuldades inerentes.
"O processo nos EUA está perdido e os valores realmente são baixos. A vida não tem preço, mas é uma proposta que leva em conta o que ocorreu na Justiça norte-americana", afirma Amarante, que se recusou a falar de valores específicos. As indenizações ofertadas já descontam honorários advocatícios e variam em cada país, pois levam em conta a renda média da população.
O publicitário Renato Cunha, de 46 anos, que também processava os laboratórios nos EUA, cobra transparência sobre os valores originalmente ofertados, e as variações em cada País, ainda não comunicados aos doentes. "Não há valor que compense, mas esse é muito pequeno para um caso de contaminação", diz Cunha, que também afirma ter contraído hepatite C. O escritório informou que repassará a prestação de contas com os valores originais do acordo.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Brasilia 2009
O Grupo Amarantes no mês de novembro, participou do encontro de ONG's em Brasilia. Foi muito produtivo o encontro, trocamos experiências com outras ONG's, e constatamos que tratar hepatites não da prejuizo ao governo muito pelo contrário. Até agora estamos tentando entender por que a SMS terceiriza as sorologias enviando para os laboratórios particulares pagando um preço muito mais caro. Através de um contrato na forma de comodato com um laboratório ou representante, o os kits seriam comprados por R$8,00 cada na contrapartida, e pagos a R$18,00 pelo MS por cada exame realizado. A máquina seria emprestada pelo laboratório e devolvida quando acabassem os kits. Se fizessemos uma campanha testando cerca de mil municipes, gastariamos
R$8.000,00 (oito mil) e receberiamos do MS R$18.000,00.
R$8.000,00 (oito mil) e receberiamos do MS R$18.000,00.
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Existe economia ao se utilizar o velho e ultrapassado interferon convencional?
Em 25 de agosto último publiquei uma analise que realizei para mostrar que não é econômico o governo continuar a utilizar o interferon convencional no tratamento dos genótipos 2 e 3 da hepatite C. Aquilo que aparentemente parece ser mais econômico acaba, na realidade, resultando em um gasto muito maior, alem de judiar com os pacientes ao os submeter a tratamento com menor possibilidade cura. O artigo "Existe alguma economia utilizando o interferon convencional no tratamento dos genótipos 2 e 3 da hepatite C?" é encontrado em http://hepato.com:80/p_tratamentos_medicos/convencional_versus_peguilado_20090825.html
Vejo com agrado que um grupo que inclui respeitados pesquisadores apresentou no Congresso Brasileiro de Hepatologia um estudo comparativo, chegando a conclusão semelhante.
O curioso é que o estudo foi realizado no Rio Grande do Sul, estado onde existem gestores, alguns até atuando como consultores do ministério da saúde, que desejam que seja utilizado somente o interferon convencional, argumentando que o interferon peguilado e muito caro. Não sabem o mal que estão fazendo a saúde de seus irmãos. Parece que chegaram a ocupar os cargos públicos indicados para defender a ação do vírus e não para combater a epidemia.
A seguir coloco o resumo do estudo na integra, tal qual foi publicado.
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
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CUSTO "SUS" DE DUAS ESTRATÉGIAS PARA TRATAMENTO DE PACIENTES COM HEPATITE CRONICA C GENÓTIPO 2/3: PEG + RIBAVIRINA VS IFN + RIBAVIRINA
CHEINQUER, H; WOLFF, FH; CHEINQUER, N; ZWIRTES RF; STIFT J; SAMUEL M. - SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE, RS. FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, PORTO ALEGRE, RS - BRASIL.
Introdução e Objetivos:
O tratamento da hepatite C com genótipo 2 e 3 no Sistema Único de Saúde do Brasil (SUS) é realizado com interferon (IFN) e ribavirina (RBV) por 24 semanas, sendo que pacientes sem resposta virológica sustentada (RVS) recebem tratamento com interferon peguilado (PEG) e RBV por 48 semanas (Portaria SVS nº34, de 28/09/07).
Entretanto, consensos internacionais indicam PEG e RBV por 24 semanas como primeira linha de tratamento. O objetivo do presente estudo é comparar o custo direto relacionado à medicação nestas duas estratégias no âmbito do SUS.
Material e Métodos:
Foi criada árvore de decisão para a estratégia A (Portaria 34/07) e estratégia B (consensos internacionais) considerando as diferentes probabilidades de desfecho do tratamento para simulação com 1.000 pacientes com genótipo 2 e 3.
Estratégia A: RVS em 400 pacientes (40%) após 24 semanas de IFN+RBV; novo tratamento com PEG+RBV em 550 pacientes (55%), sendo que destes 385 pacientes (70%) usariam por 48 semanas e 165 (30%) interromperiam prematuramente: 55 pacientes em 24 semanas por não resposta, 55 pacientes em 24 semanas por interrupção prematura e 55 pacientes em 12 semanas por queda do RNA-VHC inferior a 2 log.
Estratégia B: 800 pacientes (80%) usam PEG+RBV por 24 semanas; 200 pacientes (20%) interrompem após 12 semanas em média: 100 pacientes por não resposta (queda do RNA-VHC inferior a 2 log) e 100 pacientes por eventos adversos.
As probabilidades dos desfechos empregadas nesta análise foram extraídas da literatura nacional sempre que possível.
Assumiu-se custo zero para o primeiro tratamento com IFN na estratégia A e para RBV em ambas as estratégias. O custo do PEG-IFN para o SUS foi estimado em R$ 400,00 por dose (comunicação pessoal e publicação na imprensa leiga).
Resultados:
Estratégia A: custo global para o tratamento simulado de 1.000 pacientes com genótipo 2 e 3 com IFN+RBV por até 24 semanas seguido por PEG+RBV por até 48 semanas: R$ 8.712.000,00.
Estratégia B: custo global para o tratamento simulado de 1.000 pacientes com genótipo 2 e 3 com PEG+RBV por até 24 semanas: R$ 8.640.000,00.
Conclusões:
A estratégia adotada atualmente pelo SUS para o tratamento da hepatite C no genótipo 2 e 3 além de potencialmente expor grande parte dos indivíduos a dois tratamentos, perfazendo até 72 semanas de tratamento total, não confere vantagem em termos de custos. Este dado torna-se ainda mais relevante considerando que a presente análise foi conservadora ao atribuir custo zero ao IFN e não considerar os custos indiretos, financeiros e pessoais associados ao maior tempo de tratamento.
Vejo com agrado que um grupo que inclui respeitados pesquisadores apresentou no Congresso Brasileiro de Hepatologia um estudo comparativo, chegando a conclusão semelhante.
O curioso é que o estudo foi realizado no Rio Grande do Sul, estado onde existem gestores, alguns até atuando como consultores do ministério da saúde, que desejam que seja utilizado somente o interferon convencional, argumentando que o interferon peguilado e muito caro. Não sabem o mal que estão fazendo a saúde de seus irmãos. Parece que chegaram a ocupar os cargos públicos indicados para defender a ação do vírus e não para combater a epidemia.
A seguir coloco o resumo do estudo na integra, tal qual foi publicado.
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
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CUSTO "SUS" DE DUAS ESTRATÉGIAS PARA TRATAMENTO DE PACIENTES COM HEPATITE CRONICA C GENÓTIPO 2/3: PEG + RIBAVIRINA VS IFN + RIBAVIRINA
CHEINQUER, H; WOLFF, FH; CHEINQUER, N; ZWIRTES RF; STIFT J; SAMUEL M. - SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE, RS. FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, PORTO ALEGRE, RS - BRASIL.
Introdução e Objetivos:
O tratamento da hepatite C com genótipo 2 e 3 no Sistema Único de Saúde do Brasil (SUS) é realizado com interferon (IFN) e ribavirina (RBV) por 24 semanas, sendo que pacientes sem resposta virológica sustentada (RVS) recebem tratamento com interferon peguilado (PEG) e RBV por 48 semanas (Portaria SVS nº34, de 28/09/07).
Entretanto, consensos internacionais indicam PEG e RBV por 24 semanas como primeira linha de tratamento. O objetivo do presente estudo é comparar o custo direto relacionado à medicação nestas duas estratégias no âmbito do SUS.
Material e Métodos:
Foi criada árvore de decisão para a estratégia A (Portaria 34/07) e estratégia B (consensos internacionais) considerando as diferentes probabilidades de desfecho do tratamento para simulação com 1.000 pacientes com genótipo 2 e 3.
Estratégia A: RVS em 400 pacientes (40%) após 24 semanas de IFN+RBV; novo tratamento com PEG+RBV em 550 pacientes (55%), sendo que destes 385 pacientes (70%) usariam por 48 semanas e 165 (30%) interromperiam prematuramente: 55 pacientes em 24 semanas por não resposta, 55 pacientes em 24 semanas por interrupção prematura e 55 pacientes em 12 semanas por queda do RNA-VHC inferior a 2 log.
Estratégia B: 800 pacientes (80%) usam PEG+RBV por 24 semanas; 200 pacientes (20%) interrompem após 12 semanas em média: 100 pacientes por não resposta (queda do RNA-VHC inferior a 2 log) e 100 pacientes por eventos adversos.
As probabilidades dos desfechos empregadas nesta análise foram extraídas da literatura nacional sempre que possível.
Assumiu-se custo zero para o primeiro tratamento com IFN na estratégia A e para RBV em ambas as estratégias. O custo do PEG-IFN para o SUS foi estimado em R$ 400,00 por dose (comunicação pessoal e publicação na imprensa leiga).
Resultados:
Estratégia A: custo global para o tratamento simulado de 1.000 pacientes com genótipo 2 e 3 com IFN+RBV por até 24 semanas seguido por PEG+RBV por até 48 semanas: R$ 8.712.000,00.
Estratégia B: custo global para o tratamento simulado de 1.000 pacientes com genótipo 2 e 3 com PEG+RBV por até 24 semanas: R$ 8.640.000,00.
Conclusões:
A estratégia adotada atualmente pelo SUS para o tratamento da hepatite C no genótipo 2 e 3 além de potencialmente expor grande parte dos indivíduos a dois tratamentos, perfazendo até 72 semanas de tratamento total, não confere vantagem em termos de custos. Este dado torna-se ainda mais relevante considerando que a presente análise foi conservadora ao atribuir custo zero ao IFN e não considerar os custos indiretos, financeiros e pessoais associados ao maior tempo de tratamento.
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Como proceder quando existe necessidade de uma ação judicial para conseguir o tratamento da hepatite B ou C?
O primeiro passo e solicitar o tratamento na esfera administrativa. Para tal deverá ser PROTOCOLADO na secretaria da saúde estadual ou municipal (se residir fora da capital) a correspondente solicitação.
Na maioria dos estados será necessário apresentar tudo em 3 vias (copias Xerox) dos seguintes documentos:
1 - Cartão do SUS;
2 - Copia da identidade;
3 - Copia do CPF;
4 - Comprovante de residência;
5 - carta endereçada ao secretário estadual ou municipal da saúde para que administrativamente e espontaneamente sejam fornecidos pelo SUS os medicamentos solicitados num prazo máximo de 30 dias, relacionando na mesma todos os documentos que estão sendo entregues acompanhando a solicitação;
6 - Últimos exames exigidos pelo protocolo que comprovem a doença e a necessidade de tratamento (biopsia, PCR, genotipagem, hemograma, etc.).
7 - Em caso de medicamentos aprovados pela ANVISA e ainda não constantes dos protocolos do SUS a receita do médico deve detalhar o histórico da doença e a justificativa para indicar o tratamento com tal medicamento já autorizado para comercialização no Brasil, sendo fundamental detalhar os riscos que podem advir para o paciente se não receber os medicamentos.
O processo passará pelo exame de um grupo de profissionais da secretária da saúde para ver se o pedido e justificado clinicamente, não causará dano ao paciente ou se se trata de algo ineficaz ou supérfluo.
IMPORTANTE:
Ao entregar na secretaria da saúde todos os documentos acima solicite para que seja protocolado o recebimento nas copias que ficarão em seu poder.
SITUAÇÕES ESPECIAIS:
Pacientes de hepatite C que não apresentam o grau de fibrose F2 requerido no protocolo, ou outras situações como genótipos não beneficiados com o interferon peguilado no caso da hepatite C, retratamento, etc., devem colocar na requisição que amparados na justificativa do Item 9 do protocolo estão a procura do aumento da expectativa de vida, da melhoria na qualidade de vida, na redução da probabilidade de evolução para insuficiência hepática terminal que necessite de transplante hepático e, na diminuição do risco de transmissão da doença. O Item 9 do protocolo diz:
9. Benefícios Esperados com o Tratamento
a) resposta virológica sustentada, definida pelo exame de HCV - detecção por tecnologia biomolecular de ácido ribonucléico (teste qualitativo) na semana 24 após o final do tratamento negativo;
b) aumento da expectativa de vida;
c) melhora da qualidade de vida;
d) redução da probabilidade de evolução para insuficiência hepática terminal que necessite de transplante hepático; e
e) diminuição do risco de transmissão da doença.
PLANOS DE SAÚDE:
O tratamento da hepatite C com interferon peguilado pode ser realizado pelos planos de saúde, todos eles. A ação judicial e mais fácil e rápida que a impetrada contra o estado, pois e uma ação requerida nos Juizados especiais (pequenas causas). O modelo de ação e o procedimento necessário e encontrado na seção AÇÕES JUDICIAIS da página do Grupo Otimismo ( www.hepato.com ) ou na página da AIGA, encontrada em www.aigabrasil.org
Os pacientes de hepatite B podem ser divididos em duas categorias. Aqueles que tratados com interferon alfa (convencional) ao conseguiram negativar e os que tratados com lamivudina se encontram resistentes ao medicamento devem colocar isso na solicitação, informando (pelo médico) sobre a necessidade do Adefovir ou o Entecavir. Pacientes virgens de tratamento para hepatite B também podem requerer o Interferon Peguilado, Adefovir e o Entecavir como primeira opção terapêutica, devido às evidencias cientificas da superioridade desses medicamentos ainda não incluídos no protocolo de tratamento do SUS, o qual não é atualizado nos últimos sete anos. Todos esses medicamentos estão autorizados para uso e comercialização no Brasil pela ANVISA.
Modelos de ações para cada tipo de medicamento utilizado no tratamento da hepatite B e, os procedimentos necessários, são encontrados na seção AÇÕES JUDICIAIS da página do Grupo Otimismo ( www.hepato.com ) ou na página da AIGA, encontrada em www.aigabrasil.org
SEM RESPOSTA OU TRATAMENTO NEGADO:
Passados 30 dias, sem obter resposta ou recebendo a negativa por parte de secretaria da saúde deverá ser procurada a esfera judicial para receber o tratamento, levando a copia protocolada na secretaria da saúde para comprovar o não recebimento do tratamento.
Pessoas que podem comprovar mediante o recibo de salário (Holerite) que a renda e inferior a 3 salários mínimos podem conseguir assistência judiciária gratuita na Defensoria Pública ou no Ministério Público Estadual, ou ainda nos escritórios modelos de todas as faculdades de direito. Para aqueles que ganham acima de 3 salários mínimos, para ter a justiça gratuita deverão comprovar mediante documentos que o valor do tratamento comprometeria mais de um terço da sua renda, sendo em muitos casos conseguir a assistência gratuita nesses casos.
Não conseguindo ou não se enquadrando na justiça gratuita será necessário o auxilio de um advogado particular. Para poder negociar um preço "camarada" você deve levar os modelos existentes na seção AÇÕES JUDICIAIS da nossa página, pois com isso estará facilitando o trabalho de pesquisa e redação. Ou indique para ele acessar o site Web onde são encontrados gratuitamente os diversos modelos na seção AÇÕES JUDICIAIS da página do Grupo Otimismo ( www.hepato.com ) ou na página da AIGA, encontrada em www.aigabrasil.org
O advogado estará ingressando com uma ação solicitando a expedição de mandato via Liminar para que o Juiz conceda num prazo de 48 horas os medicamentos necessários, oficiando a secretaria desta decisão por não ter sido atendido o pedido administrativo realizado pelo paciente.
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
Na maioria dos estados será necessário apresentar tudo em 3 vias (copias Xerox) dos seguintes documentos:
1 - Cartão do SUS;
2 - Copia da identidade;
3 - Copia do CPF;
4 - Comprovante de residência;
5 - carta endereçada ao secretário estadual ou municipal da saúde para que administrativamente e espontaneamente sejam fornecidos pelo SUS os medicamentos solicitados num prazo máximo de 30 dias, relacionando na mesma todos os documentos que estão sendo entregues acompanhando a solicitação;
6 - Últimos exames exigidos pelo protocolo que comprovem a doença e a necessidade de tratamento (biopsia, PCR, genotipagem, hemograma, etc.).
7 - Em caso de medicamentos aprovados pela ANVISA e ainda não constantes dos protocolos do SUS a receita do médico deve detalhar o histórico da doença e a justificativa para indicar o tratamento com tal medicamento já autorizado para comercialização no Brasil, sendo fundamental detalhar os riscos que podem advir para o paciente se não receber os medicamentos.
O processo passará pelo exame de um grupo de profissionais da secretária da saúde para ver se o pedido e justificado clinicamente, não causará dano ao paciente ou se se trata de algo ineficaz ou supérfluo.
IMPORTANTE:
Ao entregar na secretaria da saúde todos os documentos acima solicite para que seja protocolado o recebimento nas copias que ficarão em seu poder.
SITUAÇÕES ESPECIAIS:
Pacientes de hepatite C que não apresentam o grau de fibrose F2 requerido no protocolo, ou outras situações como genótipos não beneficiados com o interferon peguilado no caso da hepatite C, retratamento, etc., devem colocar na requisição que amparados na justificativa do Item 9 do protocolo estão a procura do aumento da expectativa de vida, da melhoria na qualidade de vida, na redução da probabilidade de evolução para insuficiência hepática terminal que necessite de transplante hepático e, na diminuição do risco de transmissão da doença. O Item 9 do protocolo diz:
9. Benefícios Esperados com o Tratamento
a) resposta virológica sustentada, definida pelo exame de HCV - detecção por tecnologia biomolecular de ácido ribonucléico (teste qualitativo) na semana 24 após o final do tratamento negativo;
b) aumento da expectativa de vida;
c) melhora da qualidade de vida;
d) redução da probabilidade de evolução para insuficiência hepática terminal que necessite de transplante hepático; e
e) diminuição do risco de transmissão da doença.
PLANOS DE SAÚDE:
O tratamento da hepatite C com interferon peguilado pode ser realizado pelos planos de saúde, todos eles. A ação judicial e mais fácil e rápida que a impetrada contra o estado, pois e uma ação requerida nos Juizados especiais (pequenas causas). O modelo de ação e o procedimento necessário e encontrado na seção AÇÕES JUDICIAIS da página do Grupo Otimismo ( www.hepato.com ) ou na página da AIGA, encontrada em www.aigabrasil.org
Os pacientes de hepatite B podem ser divididos em duas categorias. Aqueles que tratados com interferon alfa (convencional) ao conseguiram negativar e os que tratados com lamivudina se encontram resistentes ao medicamento devem colocar isso na solicitação, informando (pelo médico) sobre a necessidade do Adefovir ou o Entecavir. Pacientes virgens de tratamento para hepatite B também podem requerer o Interferon Peguilado, Adefovir e o Entecavir como primeira opção terapêutica, devido às evidencias cientificas da superioridade desses medicamentos ainda não incluídos no protocolo de tratamento do SUS, o qual não é atualizado nos últimos sete anos. Todos esses medicamentos estão autorizados para uso e comercialização no Brasil pela ANVISA.
Modelos de ações para cada tipo de medicamento utilizado no tratamento da hepatite B e, os procedimentos necessários, são encontrados na seção AÇÕES JUDICIAIS da página do Grupo Otimismo ( www.hepato.com ) ou na página da AIGA, encontrada em www.aigabrasil.org
SEM RESPOSTA OU TRATAMENTO NEGADO:
Passados 30 dias, sem obter resposta ou recebendo a negativa por parte de secretaria da saúde deverá ser procurada a esfera judicial para receber o tratamento, levando a copia protocolada na secretaria da saúde para comprovar o não recebimento do tratamento.
Pessoas que podem comprovar mediante o recibo de salário (Holerite) que a renda e inferior a 3 salários mínimos podem conseguir assistência judiciária gratuita na Defensoria Pública ou no Ministério Público Estadual, ou ainda nos escritórios modelos de todas as faculdades de direito. Para aqueles que ganham acima de 3 salários mínimos, para ter a justiça gratuita deverão comprovar mediante documentos que o valor do tratamento comprometeria mais de um terço da sua renda, sendo em muitos casos conseguir a assistência gratuita nesses casos.
Não conseguindo ou não se enquadrando na justiça gratuita será necessário o auxilio de um advogado particular. Para poder negociar um preço "camarada" você deve levar os modelos existentes na seção AÇÕES JUDICIAIS da nossa página, pois com isso estará facilitando o trabalho de pesquisa e redação. Ou indique para ele acessar o site Web onde são encontrados gratuitamente os diversos modelos na seção AÇÕES JUDICIAIS da página do Grupo Otimismo ( www.hepato.com ) ou na página da AIGA, encontrada em www.aigabrasil.org
O advogado estará ingressando com uma ação solicitando a expedição de mandato via Liminar para que o Juiz conceda num prazo de 48 horas os medicamentos necessários, oficiando a secretaria desta decisão por não ter sido atendido o pedido administrativo realizado pelo paciente.
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
O Trio Mortal
Durante o Congresso Internacional de AIDS na Ásia e no Pacifico, que aconteceu no mês passado, participantes e ativistas solicitaram maiores esforços para enfrentar "O Trio Mortal" formado pela combinação das epidemias de HIV/AIDS, tuberculose e hepatite C.
As três doenças, quando separadas, possuem tratamentos efetivos que controlam a progressão e até a cura. Isto é possível na tuberculose e na hepatite C, mas quando alguém se infecta com mais de uma dessas doenças a situação complica e o quadro se torna grave e difícil de tratar.
O alerta desesperado chega, até tardio, porque é estimado que aproximadamente 30% dos infectados com HIV/AIDS já se encontram infectados com à hepatite C ou a tuberculose, passando a ser as duas principais causas de mortes das pessoas infectadas pela AIDS.
O tratamento com o coquetel antirretroviral transformou a AIDS de doença letal para doença crônica, permitindo que as pessoas possam conviver com a doença, mas a utilização dos medicamentos prejudica o fígado e diminui as defesas, tornando-os presas fáceis se estiverem co-infectados com tuberculose ou hepatite C. Para evitar danos maiores é urgente que todos os indivíduos HIV positivos sejam testados para tuberculose e hepatites.
O número de brasileiros infectados com tuberculose ou hepatites B ou C é medido em milhões, números que superam em mais de dez vezes os infectados pelo HIV. O maior problema é a não identificação de quem está infectado, possibilitando a disseminação descontrolada dessas doenças rapidamente na população. Estudos mostram o crescimento das epidemias, principalmente, devido a que uma pessoa com tuberculose pode infectar outras 15 durante o curso da doença, que a hepatite B se transmite sexualmente com uma facilidade até 100 vezes maior que o HIV e que a hepatite C em caso de compartilhamento de instrumentos contaminados possui 85% de possibilidade de cronificação.
Os infectados com HIV/AIDS e os gestores da saúde devem tomar consciência que existe uma formula matemática que demonstra o perigo da hepatite C, a qual foi colocada por ativistas na entrada do congresso para alertar a comunidade HIV positiva: "Hepatite C + Silencio = Morte"
"O Trio Mortal" se alimenta de carências no sistema público de saúde, do desconhecimento da população, da pobreza, da desnutrição, da falta de acesso a educação, da falta de profissionais de saúde com os conhecimentos suficientes, de comportamentos de risco e de programas pouco eficazes para enfrentar as epidemias.
Acrescentando a tudo isso a não realização de campanhas de detecção dos casos de hepatites e tuberculose complica ainda mais a situação. Quando a hepatite C e a tuberculose é diagnosticada precocemente a possibilidade de cura é excelente.
"O Trio Mortal" já está trabalhando, silenciosamente, e, de forma unida, continua ganhando força. É o momento dos movimentos sociais da AIDS, da Tuberculose e da Hepatite juntar forças para combater um inimigo comum. Por enquanto "O Trio Mortal" está ganhando a batalha, é necessário enfrentá-lo para não perder a guerra.
Na Indonésia os ativistas utilizaram o símbolo da AIDS para alertar sobre as três doenças, mas formado por balões na cor vermelha para mostrar que o perigo já está presente.
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
As três doenças, quando separadas, possuem tratamentos efetivos que controlam a progressão e até a cura. Isto é possível na tuberculose e na hepatite C, mas quando alguém se infecta com mais de uma dessas doenças a situação complica e o quadro se torna grave e difícil de tratar.
O alerta desesperado chega, até tardio, porque é estimado que aproximadamente 30% dos infectados com HIV/AIDS já se encontram infectados com à hepatite C ou a tuberculose, passando a ser as duas principais causas de mortes das pessoas infectadas pela AIDS.
O tratamento com o coquetel antirretroviral transformou a AIDS de doença letal para doença crônica, permitindo que as pessoas possam conviver com a doença, mas a utilização dos medicamentos prejudica o fígado e diminui as defesas, tornando-os presas fáceis se estiverem co-infectados com tuberculose ou hepatite C. Para evitar danos maiores é urgente que todos os indivíduos HIV positivos sejam testados para tuberculose e hepatites.
O número de brasileiros infectados com tuberculose ou hepatites B ou C é medido em milhões, números que superam em mais de dez vezes os infectados pelo HIV. O maior problema é a não identificação de quem está infectado, possibilitando a disseminação descontrolada dessas doenças rapidamente na população. Estudos mostram o crescimento das epidemias, principalmente, devido a que uma pessoa com tuberculose pode infectar outras 15 durante o curso da doença, que a hepatite B se transmite sexualmente com uma facilidade até 100 vezes maior que o HIV e que a hepatite C em caso de compartilhamento de instrumentos contaminados possui 85% de possibilidade de cronificação.
Os infectados com HIV/AIDS e os gestores da saúde devem tomar consciência que existe uma formula matemática que demonstra o perigo da hepatite C, a qual foi colocada por ativistas na entrada do congresso para alertar a comunidade HIV positiva: "Hepatite C + Silencio = Morte"
"O Trio Mortal" se alimenta de carências no sistema público de saúde, do desconhecimento da população, da pobreza, da desnutrição, da falta de acesso a educação, da falta de profissionais de saúde com os conhecimentos suficientes, de comportamentos de risco e de programas pouco eficazes para enfrentar as epidemias.
Acrescentando a tudo isso a não realização de campanhas de detecção dos casos de hepatites e tuberculose complica ainda mais a situação. Quando a hepatite C e a tuberculose é diagnosticada precocemente a possibilidade de cura é excelente.
"O Trio Mortal" já está trabalhando, silenciosamente, e, de forma unida, continua ganhando força. É o momento dos movimentos sociais da AIDS, da Tuberculose e da Hepatite juntar forças para combater um inimigo comum. Por enquanto "O Trio Mortal" está ganhando a batalha, é necessário enfrentá-lo para não perder a guerra.
Na Indonésia os ativistas utilizaram o símbolo da AIDS para alertar sobre as três doenças, mas formado por balões na cor vermelha para mostrar que o perigo já está presente.
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
domingo, 27 de setembro de 2009
O que é um Pólo de Aplicação?


Um Pólo de Aplicação para tratamento de Hepatite C, é um local onde se reúnem os portadores e ali tomam sua injeção de Interferon Peguilado. A grande vantagem do Polo, é que além de contarem com a presença de um hepatologista nos dias de aplicação, com as sobras de sua medicação (já que não é dose plena) trata-se um número maior de pacientes. Traduzindo: com dez ampolas de Peg, trata-se doze ou treze pessoas, e se cada um um fosse tomar a injeção em sua casa, a sobra seria jogada fora e haveria um desperdicio de dinheiro que poderia chegar a R$3.600,00 por semana. Mesmo com todas estas vantagens fica difícil de entender como Governo Estadual não incentiva a criação de Pólos no Estado do RJ. Foto do do Polo de Aplicação da Dra Eliane Bordalo e Grupo Genesis.
Eleições no Grupo Genesis
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Roche inicia a fase 2 da pesquisa com o inibidor de polimerase
Muito se fala nos inibidores de proteases Telaprevir e Boceprevir para o tratamento da hepatite C, mas estudos avançados, já iniciando a fase 2 de um inibidor de polimerase, acabam de ter inicio em aproximadamente 300 pacientes de 45 centros médicos de diversos países.
Os 300 pacientes infectados com o genótipo 1 da hepatite C nunca antes tratados estarão recebendo até 24 semanas de interferon peguilado (Pegasys), ribavirina e o inibidor de polimerase RG7227/ITMN-191 para determinar a segurança e efetividade deste produto em combinação com o tratamento tradicional.
A pesquisa está sendo realizada pela Roche conjuntamente com a InterMune, empresa que está desenvolvendo o inibidor de polimerase. A pesquisa e randomisada e duplo-cego. O custo da fase 2 da pesquisa está estimado em 20 milhões de dólares.
Está tentativa representa um importante passo no desenvolvimento de medicamentos orais que quando utilizados conjuntamente com o interferon peguilado venham contribuir para aumentar a resposta terapêutica e possivelmente encurtar o tempo de tratamento. Os resultados preliminares da resposta virologica rápida deverão ser anunciados já no primeiro trimestre de 2010.
A expectativa dos pesquisadores e que nos próximos anos o tratamento da hepatite C será realizado com um coquetel de medicamentos, de forma especifica para cada paciente, combinando o interferon peguilado, substitutos análogos da ribavirina e diversos inibidores de replicação viral, de diferentes setores do vírus, permitindo dessa forma que os pacientes possam ter altas possibilidades de cura.
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
Os 300 pacientes infectados com o genótipo 1 da hepatite C nunca antes tratados estarão recebendo até 24 semanas de interferon peguilado (Pegasys), ribavirina e o inibidor de polimerase RG7227/ITMN-191 para determinar a segurança e efetividade deste produto em combinação com o tratamento tradicional.
A pesquisa está sendo realizada pela Roche conjuntamente com a InterMune, empresa que está desenvolvendo o inibidor de polimerase. A pesquisa e randomisada e duplo-cego. O custo da fase 2 da pesquisa está estimado em 20 milhões de dólares.
Está tentativa representa um importante passo no desenvolvimento de medicamentos orais que quando utilizados conjuntamente com o interferon peguilado venham contribuir para aumentar a resposta terapêutica e possivelmente encurtar o tempo de tratamento. Os resultados preliminares da resposta virologica rápida deverão ser anunciados já no primeiro trimestre de 2010.
A expectativa dos pesquisadores e que nos próximos anos o tratamento da hepatite C será realizado com um coquetel de medicamentos, de forma especifica para cada paciente, combinando o interferon peguilado, substitutos análogos da ribavirina e diversos inibidores de replicação viral, de diferentes setores do vírus, permitindo dessa forma que os pacientes possam ter altas possibilidades de cura.
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
Programa de Hepatites Virais do Ministério se integra ao Departamento de DST e Aids
O Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das Hepatites Virais está agora integrado ao Departamento de DST e Aids da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), dentro da estrutura do Ministério da Saúde. A estrutura passa, então, a se chamar Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. A mudança visa fortalecer as ações para o enfrentamento das doenças, principalmente no que se refere à prevenção, à assistência e à mobilização social.
As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no mundo. No Brasil, os principais vírus circulantes causam os tipos A, B, C e D da doença. “Vamos somar as nossas experiências à resposta do Programa Nacional de Hepatites Virais (PNHV) para atender as pessoas afetadas”, disse Eduardo Barbosa, diretor adjunto do Departamento. “Nosso compromisso sempre foi e será para com as pessoas.”
Eduardo Barbosa fez questão de ressaltar o quanto continuará sendo importante a colaboração do movimento social em hepatites e DST e aids, especialmente neste momento de transição. “Temos de avançar muito e o diálogo com os movimentos continuará sendo uma das principais tônicas de nosso trabalho.”
Ouvido pela nossa reportagem, Carlos Varaldo, fundador do Grupo Otimismo, que divulga informações sobre hepatites, presta orientação jurídica e promove grupos de apoio, entre outras ações, disse que já era hora de fazer mudanças no PNHV visando uma atenção maior aos doentes de hepatites. “Eu briguei para que o Programa fosse criado, mas tenho de reconhecer que, ao longo de quase 7 anos, ele avançou pouco. Sem o Programa estaríamos no mesmo lugar onde estamos”, disse Varaldo, citando os números. “Em 2003 entre 1.300 e 1.500 pacientes recebiam tratamento na hepatite B. Hoje são 2 mil. Crescer 50% em seis anos é natural em função do diagnóstico. Sem contar que o crescimento no número de pacientes em tratamento se deu nos primeiros três anos e, desde então, se mantém praticamente o mesmo.”
Varaldo acredita que a integração trará, sim, benefícios no tratamento da hepatite B, considerada Doença Sexualmente Transmissível, como o HIV. “Os infectologistas dos Centros de Referência de Aids poderão passar imediatamente a tratar a hepatite B, pois são tratamentos parecidos.” Ao mesmo tempo, ele levanta uma questão relativa às hepatites A e C. “Como um programa que cuida de DST vai cuidar de doenças que não são DSTs?
Ricardo Gadelha, coordenador do PNHV, explicou que a integração visa justamente tornar as ações mais amplas e abrangentes. “Vamos tratar o indivíduo como um todo, com um olhar integral, e não dividindo-o por sintomas e doenças como se ele fosse compartimentado’, disse Gadelha. “O paciente que tem HIV muitas vezes é o mesmo que tem uma hepatite, porque há muita coinfecção.”
Além de ressaltar a melhora nos serviços de saúde, com mais opções para os doentes de hepatite, Gadelha lembrou que o movimento social da aids tem muito o que acrescentar na luta contra a hepatite B. “Temos muito o que aprender com a experiência de mobilização da aids.”
Fátima Cardeal
As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no mundo. No Brasil, os principais vírus circulantes causam os tipos A, B, C e D da doença. “Vamos somar as nossas experiências à resposta do Programa Nacional de Hepatites Virais (PNHV) para atender as pessoas afetadas”, disse Eduardo Barbosa, diretor adjunto do Departamento. “Nosso compromisso sempre foi e será para com as pessoas.”
Eduardo Barbosa fez questão de ressaltar o quanto continuará sendo importante a colaboração do movimento social em hepatites e DST e aids, especialmente neste momento de transição. “Temos de avançar muito e o diálogo com os movimentos continuará sendo uma das principais tônicas de nosso trabalho.”
Ouvido pela nossa reportagem, Carlos Varaldo, fundador do Grupo Otimismo, que divulga informações sobre hepatites, presta orientação jurídica e promove grupos de apoio, entre outras ações, disse que já era hora de fazer mudanças no PNHV visando uma atenção maior aos doentes de hepatites. “Eu briguei para que o Programa fosse criado, mas tenho de reconhecer que, ao longo de quase 7 anos, ele avançou pouco. Sem o Programa estaríamos no mesmo lugar onde estamos”, disse Varaldo, citando os números. “Em 2003 entre 1.300 e 1.500 pacientes recebiam tratamento na hepatite B. Hoje são 2 mil. Crescer 50% em seis anos é natural em função do diagnóstico. Sem contar que o crescimento no número de pacientes em tratamento se deu nos primeiros três anos e, desde então, se mantém praticamente o mesmo.”
Varaldo acredita que a integração trará, sim, benefícios no tratamento da hepatite B, considerada Doença Sexualmente Transmissível, como o HIV. “Os infectologistas dos Centros de Referência de Aids poderão passar imediatamente a tratar a hepatite B, pois são tratamentos parecidos.” Ao mesmo tempo, ele levanta uma questão relativa às hepatites A e C. “Como um programa que cuida de DST vai cuidar de doenças que não são DSTs?
Ricardo Gadelha, coordenador do PNHV, explicou que a integração visa justamente tornar as ações mais amplas e abrangentes. “Vamos tratar o indivíduo como um todo, com um olhar integral, e não dividindo-o por sintomas e doenças como se ele fosse compartimentado’, disse Gadelha. “O paciente que tem HIV muitas vezes é o mesmo que tem uma hepatite, porque há muita coinfecção.”
Além de ressaltar a melhora nos serviços de saúde, com mais opções para os doentes de hepatite, Gadelha lembrou que o movimento social da aids tem muito o que acrescentar na luta contra a hepatite B. “Temos muito o que aprender com a experiência de mobilização da aids.”
Fátima Cardeal
domingo, 23 de agosto de 2009
Risco de transmissão da hepatite B nas transfusões de sangue
Vários países já introduziram os testes NAT ou estão em processo de implementação (caso do Brasil) na coleta realizada pelos bancos de sangue durante as doações. Os testes NAT (Nucleic Acid Test) diminuem a "janela imunológica" ( janela imunológica é o termo usado para designar o período que o organismo leva, a partir de uma infecção, para produzir anticorpos que possam ser detectados por exames de sangue) em relação aos testes de anticorpos tradicionalmente utilizados, assegurando maior segurança no sangue coletado.
Mas a introdução dos testes NAT está sendo realizado para detectar o vírus HIV (AIDS) e o vírus da hepatite C, não existindo ainda testes automatizados para utilização em larga escala em relação à hepatite B.
Nos países que já estão utilizando o NAT se observa que com a diminuição da janela imunológica para hepatite C e HIV a qualidade do sangue aumentou consideravelmente, mas como no caso da hepatite B ainda são realizados os testes que detectam os anticorpos e os antígenos, a hepatite B passou a representar a maior probabilidade de transmissão durante uma transfusão, possibilidade maior de que ser contagiado pela hepatite C ou pelo HIV.
Pesquisa realizada nos Estados Unidos publicada na revista "Transfusion" analisou o risco residual e a soroconversão do antígeno "B" (HBsAg) Positivo estimado pela janela imunológica e, o resultado do antígeno "Core" (Anti-HBc) Negativo nas doações de sangue.
Utilizando modelos matemáticos observaram que a seroconversão do HBsAg nos doadores para dessa forma poder estimar quantos casos poderiam estar acontecendo de resultados falsos negativos a cada ano no sangue coletado.
A possibilidade de contagio da hepatite B ao receber uma transfusão de sangue nos Estados Unidos realizada entre os anos de 2006 e 2008 ficou estimada em 1 entre 282.000 e 357.000 doações, dependendo da analise efetuada. Quando comparados esses dados com a probabilidade de contagio no período entre os anos de 1997 e 1999 se observa que a possibilidade de contagio diminui mais de 25%.
A redução no risco de contagio da hepatite B ao receber uma transfusão pode ser atribuída segundo concluem os pesquisadores a utilização de testes mais sensíveis e, também, ao aumento de pessoas vacinadas para prevenir a hepatite B.
Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:Current incidence and residual risk of hepatitis B infection among blood donors in the United States - Zou, Shimian; Stramer, Susan L.; Notari, Edward P.; Kuhns, Mary C; Krysztof, David; Musavi, Fatemeh; Fang, Chyang T.; Dodd, Roger Y. - Transfusion, Volume 49, Number 8, August 2009 , pp. 1609-1620(12)
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
Mas a introdução dos testes NAT está sendo realizado para detectar o vírus HIV (AIDS) e o vírus da hepatite C, não existindo ainda testes automatizados para utilização em larga escala em relação à hepatite B.
Nos países que já estão utilizando o NAT se observa que com a diminuição da janela imunológica para hepatite C e HIV a qualidade do sangue aumentou consideravelmente, mas como no caso da hepatite B ainda são realizados os testes que detectam os anticorpos e os antígenos, a hepatite B passou a representar a maior probabilidade de transmissão durante uma transfusão, possibilidade maior de que ser contagiado pela hepatite C ou pelo HIV.
Pesquisa realizada nos Estados Unidos publicada na revista "Transfusion" analisou o risco residual e a soroconversão do antígeno "B" (HBsAg) Positivo estimado pela janela imunológica e, o resultado do antígeno "Core" (Anti-HBc) Negativo nas doações de sangue.
Utilizando modelos matemáticos observaram que a seroconversão do HBsAg nos doadores para dessa forma poder estimar quantos casos poderiam estar acontecendo de resultados falsos negativos a cada ano no sangue coletado.
A possibilidade de contagio da hepatite B ao receber uma transfusão de sangue nos Estados Unidos realizada entre os anos de 2006 e 2008 ficou estimada em 1 entre 282.000 e 357.000 doações, dependendo da analise efetuada. Quando comparados esses dados com a probabilidade de contagio no período entre os anos de 1997 e 1999 se observa que a possibilidade de contagio diminui mais de 25%.
A redução no risco de contagio da hepatite B ao receber uma transfusão pode ser atribuída segundo concluem os pesquisadores a utilização de testes mais sensíveis e, também, ao aumento de pessoas vacinadas para prevenir a hepatite B.
Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:Current incidence and residual risk of hepatitis B infection among blood donors in the United States - Zou, Shimian; Stramer, Susan L.; Notari, Edward P.; Kuhns, Mary C; Krysztof, David; Musavi, Fatemeh; Fang, Chyang T.; Dodd, Roger Y. - Transfusion, Volume 49, Number 8, August 2009 , pp. 1609-1620(12)
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
Grupo Amarantes luta por atendimento médico no município
O Grupo Amarantes agradece as repórteres: Jaciara Moreira (Jornal Extra) e Danielle Rabello (O Fluminense) pela matéria que as jornalistas fizeram este mês sobre a falta de hepatologistas no município. No O Fluminense de hoje (23/08) o Grupo Amarantes volta a cobrar ao Dr Daniel Jr o médico prometido a duas semanas atrás. Não podemos deixar de agradecer aos companheiros do SINDSPREV também, um sindicato atuante e guerreiro quando o assunto é saúde pública.
Projeções de marketing nos inibidores de proteases
A empresa "Decision Resources" realizou nos estados Unidos uma pesquisa de opinião para saber a preferência atual que os médicos poderão ter de indicar a seus pacientes a utilização de inibidores de proteases no tratamento da hepatite C.
É necessário destacar que nenhum inibidor de proteases se encontra a venda no mercado. O Telaprevir e o Boceprevir objeto da pesquisa ainda se encontram nas ultimas fases dos ensaios clínicos, motivo pelo qual os dados considerados pelos médicos entrevistados são os apresentados pelas empresas em congressos científicos. Também e necessário observar o pequeno número de profissionais entrevistados, grupo composto por 84 gastroenterologistas, 16 hepatologistas e 20 responsáveis pela compra dos medicamentos em hospitais de grande porte, o que pode estatisticamente não representar a visão geral dos profissionais médicos.
A empresa "Decision Resources" realiza esse tipo de pesquisas oferecendo os dados aos investidores no mercado de ações, sem qualquer objetivo cientifico relacionado a resultados terapêuticos da eficácia dos medicamentos, simplesmente objetiva avaliar o mercado futuro entre os concorrentes.
O resultado mostra que com os dados atualmente disponíveis 50% dos 100 profissionais médicos entrevistados estariam inclinados a receitar o Telaprevir e 30% o Boceprevir. Quando perguntados sobre quais são as diferenças mais significativas entre o Telaprevir e o Boceprevir todos (100%) opinaram que não existem diferenças significativas em relação à resposta terapêutica, mas estimam que pelos dados até agora apresentados provavelmente o Telaprevir poderá apresentar uma duração menor no tempo do tratamento.
Quando perguntado se eles estariam receitando os inibidores de proteases aos pacientes infectados com o genótipo 1 da hepatite C nunca antes tratados, 60% deles afirmaram que essa será sua escolha preferencial.
A mesma pesquisa entrevistou 20 diretores de farmácia responsáveis pelas compras de medicamentos em hospitais de grande porte (nos Estados Unidos, diferentemente dos países onde o governo compra os medicamentos para o sistema público da saúde, cada hospital pode decidir qual medicamento comprar para uso no hospital), 40% responderam que estarão adquirindo somente um dos dois inibidores de proteases e que o preço será o fator determinante na escolha. Não existe nenhuma preferência para qualquer dos produtos por parte dos responsáveis pela compra. Esta informação poderá influir diretamente na liberdade de escolha dos médicos que atendem pacientes nos hospitais, podendo alterar o afirmado na pergunta a eles realizada sobre sua preferência pessoal.
Concluo observando que a guerra do marketing pelo mercado futuro já teve inicio. Não acho em absoluto que isso seja negativo ou prejudicial, pelo contrario, como o Telaprevir e o Boceprevir chegarão ao mercado quase que simultaneamente e como os dois apresentam resultados muito bons, a luta pelo mercado vai incluir o oferecimento de preços menores, o que resulta em medicamentos mais baratos.
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
É necessário destacar que nenhum inibidor de proteases se encontra a venda no mercado. O Telaprevir e o Boceprevir objeto da pesquisa ainda se encontram nas ultimas fases dos ensaios clínicos, motivo pelo qual os dados considerados pelos médicos entrevistados são os apresentados pelas empresas em congressos científicos. Também e necessário observar o pequeno número de profissionais entrevistados, grupo composto por 84 gastroenterologistas, 16 hepatologistas e 20 responsáveis pela compra dos medicamentos em hospitais de grande porte, o que pode estatisticamente não representar a visão geral dos profissionais médicos.
A empresa "Decision Resources" realiza esse tipo de pesquisas oferecendo os dados aos investidores no mercado de ações, sem qualquer objetivo cientifico relacionado a resultados terapêuticos da eficácia dos medicamentos, simplesmente objetiva avaliar o mercado futuro entre os concorrentes.
O resultado mostra que com os dados atualmente disponíveis 50% dos 100 profissionais médicos entrevistados estariam inclinados a receitar o Telaprevir e 30% o Boceprevir. Quando perguntados sobre quais são as diferenças mais significativas entre o Telaprevir e o Boceprevir todos (100%) opinaram que não existem diferenças significativas em relação à resposta terapêutica, mas estimam que pelos dados até agora apresentados provavelmente o Telaprevir poderá apresentar uma duração menor no tempo do tratamento.
Quando perguntado se eles estariam receitando os inibidores de proteases aos pacientes infectados com o genótipo 1 da hepatite C nunca antes tratados, 60% deles afirmaram que essa será sua escolha preferencial.
A mesma pesquisa entrevistou 20 diretores de farmácia responsáveis pelas compras de medicamentos em hospitais de grande porte (nos Estados Unidos, diferentemente dos países onde o governo compra os medicamentos para o sistema público da saúde, cada hospital pode decidir qual medicamento comprar para uso no hospital), 40% responderam que estarão adquirindo somente um dos dois inibidores de proteases e que o preço será o fator determinante na escolha. Não existe nenhuma preferência para qualquer dos produtos por parte dos responsáveis pela compra. Esta informação poderá influir diretamente na liberdade de escolha dos médicos que atendem pacientes nos hospitais, podendo alterar o afirmado na pergunta a eles realizada sobre sua preferência pessoal.
Concluo observando que a guerra do marketing pelo mercado futuro já teve inicio. Não acho em absoluto que isso seja negativo ou prejudicial, pelo contrario, como o Telaprevir e o Boceprevir chegarão ao mercado quase que simultaneamente e como os dois apresentam resultados muito bons, a luta pelo mercado vai incluir o oferecimento de preços menores, o que resulta em medicamentos mais baratos.
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Palestra no PSF
O Grupo Amarantes fez uma palestra para profissionais e comunidade no PSF da Brasilândia. Fomos muito bem recebidos e tratados pelo profissinais do Posto. A equipe do PSF Brasilandia tem um belo trabalho; são organizadas , atenciosas e estão sempre procurando fazer algo mais. Após a palestra conversando com a Enfermeira Renata ficamos sabendo do Programa Anti-Tabagismo (com aulas, tratamento e etc...) desenvolvido por aquele PSF. Parabéns Renata, Geisa e equipe... São profissionais como vcs que fazem a gente ver que vale a pena , e que o sonho não acabou . Muito obrigado pela lição de vida e amor companheiras.
Claudio Costa
Grupo Amarantes
Claudio Costa
Grupo Amarantes
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
União e município condenados por omissão nas hepatites
A 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (Porto Alegre) reconheceu pela primeira vez no Brasil a negligência dos poderes públicos na adoção de medidas de vigilância epidemiológica para conter a epidemia de hepatite C, um fato inédito que poderá desencadear a abertura de milhares de ações em todo o país.
Em Ação de Responsabilidade Civil pela omissão do poder público o acórdão deu provimento pelo voto de 2 Desembargadores a favor da Autora, vencendo o parecer do relator.
A Desembargadora Federal Maria Lúcia Leiria afirmou que "no caso dos autos, efetivamente existe o nexo de causalidade entre o agir o ente público e a contaminação da autora pelo vírus da hepatite C. O mencionado vírus foi identificado em 1989, sendo prevista a obrigatoriedade de realização de testes para o sangue utilizado nas transfusões apenas em 1993, com a edição da Portaria nº 1.376, de 19 de novembro de 1993". No mesmo sentido, o Desembargador Federal Luiz Carlos Lugon concluiu que "o nexo causal é evidente, uma vez que a paciente só contraiu a doença por não ter havido a devida diligência e atenção na prestação do serviço de saúde, advindo a contaminação pelo vírus letal".
No caso, segundo o advogado da Autora, Dr. Marco Fridolin Sommer Santos, "por força do disposto no art. 200, inciso II, da Constituição Federal, cabia à União Federal executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica", editando norma que tornasse obrigatória a realização pelos Bancos de Sangue do teste anti-HCV, em meados de 1990, ou seja, imediatamente após a sua disponibilização no mercado, o que não ocorreu.
Em razão da omissão a União Federal foi condenada ao pagamento de uma indenização no valor de R$ 60.000,00, no Processo n.º 2005.71.00.031013-1; Autora: E. T.; Réu: União Federal e Associação dos Funcionários Públicos do Estado do Rio Grande do Sul - AFPERS (Hospital Ernesto Dornelles).
Outro acórdão, referente ao Processo n.º 2006.71.00.006510-4, também condenou em decisão semelhante, mas desta vez em forma solidaria a União Federal e o Município de Porto Alegre, a indenizar em R$. 60.000,00 a autora M.W., em ação defendida pelo mesmo advogado.
Mais de 60 ações abertas no Rio de Janeiro se encontram na fase de Pericia Médica solicitada pelos Juízes, um indicativo de que caso seja comprovada pela Pericia a perda da saúde naqueles que por falta de ações alertando sobre a necessidade de indivíduos que realizaram transfusões de sangue antes de 1993 procurassem realizar o teste de detecção da hepatite C, detectaram a doença em fases avançadas já com perdida de funções do fígado ou já na fase da cirrose.
Estávamos certos no mês de maio, quando as ONGs do Rio de Janeiro entregaram ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro um diploma o considerando “O MELHOR HOSPITAL DO BRASIL”. O Judiciário está demonstrando muita mais sensibilidade, compreensão e preocupação com os infectados de hepatites que os responsáveis pela saúde pública!
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
Em Ação de Responsabilidade Civil pela omissão do poder público o acórdão deu provimento pelo voto de 2 Desembargadores a favor da Autora, vencendo o parecer do relator.
A Desembargadora Federal Maria Lúcia Leiria afirmou que "no caso dos autos, efetivamente existe o nexo de causalidade entre o agir o ente público e a contaminação da autora pelo vírus da hepatite C. O mencionado vírus foi identificado em 1989, sendo prevista a obrigatoriedade de realização de testes para o sangue utilizado nas transfusões apenas em 1993, com a edição da Portaria nº 1.376, de 19 de novembro de 1993". No mesmo sentido, o Desembargador Federal Luiz Carlos Lugon concluiu que "o nexo causal é evidente, uma vez que a paciente só contraiu a doença por não ter havido a devida diligência e atenção na prestação do serviço de saúde, advindo a contaminação pelo vírus letal".
No caso, segundo o advogado da Autora, Dr. Marco Fridolin Sommer Santos, "por força do disposto no art. 200, inciso II, da Constituição Federal, cabia à União Federal executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica", editando norma que tornasse obrigatória a realização pelos Bancos de Sangue do teste anti-HCV, em meados de 1990, ou seja, imediatamente após a sua disponibilização no mercado, o que não ocorreu.
Em razão da omissão a União Federal foi condenada ao pagamento de uma indenização no valor de R$ 60.000,00, no Processo n.º 2005.71.00.031013-1; Autora: E. T.; Réu: União Federal e Associação dos Funcionários Públicos do Estado do Rio Grande do Sul - AFPERS (Hospital Ernesto Dornelles).
Outro acórdão, referente ao Processo n.º 2006.71.00.006510-4, também condenou em decisão semelhante, mas desta vez em forma solidaria a União Federal e o Município de Porto Alegre, a indenizar em R$. 60.000,00 a autora M.W., em ação defendida pelo mesmo advogado.
Mais de 60 ações abertas no Rio de Janeiro se encontram na fase de Pericia Médica solicitada pelos Juízes, um indicativo de que caso seja comprovada pela Pericia a perda da saúde naqueles que por falta de ações alertando sobre a necessidade de indivíduos que realizaram transfusões de sangue antes de 1993 procurassem realizar o teste de detecção da hepatite C, detectaram a doença em fases avançadas já com perdida de funções do fígado ou já na fase da cirrose.
Estávamos certos no mês de maio, quando as ONGs do Rio de Janeiro entregaram ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro um diploma o considerando “O MELHOR HOSPITAL DO BRASIL”. O Judiciário está demonstrando muita mais sensibilidade, compreensão e preocupação com os infectados de hepatites que os responsáveis pela saúde pública!
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Curiosidade na relação entre tratamento da hepatite C e gripe suína.
É conhecido que pessoas em tratamento da hepatite C apresentam defesas imunológicas prejudicadas devido ao efeito dos medicamentos, motivo pelo qual são alertados para tentar evitar a possibilidade de contagio com vírus ou bactérias.
Mas estranhamente e apesar de que temos 28.500 associados até o momento não chegou a meu conhecimento de que algum paciente em tratamento tenha sido infectado ou passado por algum problema em relação à gripe suína.
Será que o interferon por se tratar de um poderoso antiviral também possui a qualidade de evitar o desenvolvimento da gripe nos pacientes em tratamento? Se assim for estaríamos frente a mais um medicamento que poderia ser utilizado para combater a gripe suína. Um bom motivo para médicos e pesquisadores observarem se isso realmente está acontecendo com os pacientes em tratamento da hepatite C.
Se você conhecer algum caso de gripe suína em um paciente em tratamento, por favor, nos informe comentando sobre o mesmo.
Texto de Carlos Varaldo - Grupo Otimismo
Mas estranhamente e apesar de que temos 28.500 associados até o momento não chegou a meu conhecimento de que algum paciente em tratamento tenha sido infectado ou passado por algum problema em relação à gripe suína.
Será que o interferon por se tratar de um poderoso antiviral também possui a qualidade de evitar o desenvolvimento da gripe nos pacientes em tratamento? Se assim for estaríamos frente a mais um medicamento que poderia ser utilizado para combater a gripe suína. Um bom motivo para médicos e pesquisadores observarem se isso realmente está acontecendo com os pacientes em tratamento da hepatite C.
Se você conhecer algum caso de gripe suína em um paciente em tratamento, por favor, nos informe comentando sobre o mesmo.
Texto de Carlos Varaldo - Grupo Otimismo
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Grupo Amarantes participa da Macro Sudeste

O Grupo Amarantes nos dias 29, 30 e 31 de julho participou no Hotel Guanabara, no RJ da Macro Sudeste que reuniu representantes do Programa Nacional de Hepatites Virais, representantes das Secretarias Estaduais do RJ, Minas, SP e ES. Foi importantissimo para São Gonçalo já que a Dra Clarisse (Assessora do Dr Sergio Cortez) e Alexandre Chieppe (Coordenador do Programa de Hepatites Estadual) prometaram uma visita a São Gonçalo.
domingo, 26 de julho de 2009
PANDEMIA DE LUCRO
Que interesses econômicos se movem por detrás da gripe porcina???
No mundo, a cada ano morrem milhões de pessoas vitimas da Malária que se podia prevenir com um simples mosquiteiro.
Os noticiários, disto nada falam!
No mundo, por ano morrem 2 milhões de crianças com diarréia que se poderia evitar com um simples soro que custa 25 centavos.
Os noticiários disto nada falam!
Sarampo, pneumonia e enfermidades evitáveis com vacinas baratas, provocam a morte de 10 milhões de pessoas a cada ano.
Os noticiários disto nada falam!
Mas há cerca de 10 anos, quando apareceu a famosa gripe das ave…os noticiários mundiais inundaram-se de noticias…
Uma epidemia, a mais perigosa de todas…Uma Pandemia!
Só se falava da terrífica enfermidade das aves.
Não obstante, a gripe das aves apenas causou a morte de 250 pessoas, em 10 anos… 25 mortos por ano.
A gripe comum, mata por ano meio milhão de pessoas no mundo. Meio milhão contra 25.
Um momento, um momento. Então, porque se armou tanto escândalo com a gripe das aves?
Porque atrás desses frangos havia um “galo”, um galo de crista grande.
A farmacêutica transnacional Roche com o seu famoso Tamiflú vendeu milhões de doses aos países asiáticos.
Ainda que o Tamiflú seja de duvidosa eficácia, o governo britânico comprou 14 milhões de doses para prevenir a sua população.
Com a gripe das aves, a Roche e a Relenza, as duas maiores empresas farmacêuticas que vendem os antivirais, obtiveram milhões de dólares de lucro.
- Antes com os frangos e agora com os porcos.
- Sim, agora começou a psicose da gripe porcina. E todos os noticiários do mundo só falam disso…
- Já não se fala da crise econômica nem dos torturados em Guantánamo…Só a gripe porcina, a gripe dos porcos…
- E eu me pergunto: se atrás dos frangos havia um “galo”, atrás dos porcos… não haverá um “grande porco”?
A empresa norte-americana Gilead Sciences tem a patente do Tamiflú. O principal acionista desta empresa é nada menos que um personagem sinistro, Donald Rumsfeld, secretario da defesa de George Bush, artífice da guerra contra Iraque…
Os acionista das farmacêuticas Roche e Relenza estão esfregando as mãos, estão felizes pelas suas vendas novamente milionárias com o duvidoso Tamiflú.
A verdadeira pandemia é de lucro, os enormes lucros destes mercenários da saúde.
Não nego as necessárias medidas de precaução que estão sendo tomadas pelos países. Mas, se a gripe porcina é uma pandemia tão terrível como anunciam os meios de comunicação;
Se a Organização Mundial de Saúde se preocupa tanto com esta enfermidade, porque não a declara como um problema de saúde pública mundial e autoriza o fabrico de medicamentos genéricos para combatê-la?
Prescindir das patentes da Roche e Relenza e distribuir medicamentos genéricos a todos os países, especialmente aos pobres, essa seria a melhor solução.
O Grupo Amarantes é filiado a AIGA. Aliança Independente dos Grupos de Apoio
Saudações Fraternas
Claudio Costa
Grupo Amarantes
No mundo, a cada ano morrem milhões de pessoas vitimas da Malária que se podia prevenir com um simples mosquiteiro.
Os noticiários, disto nada falam!
No mundo, por ano morrem 2 milhões de crianças com diarréia que se poderia evitar com um simples soro que custa 25 centavos.
Os noticiários disto nada falam!
Sarampo, pneumonia e enfermidades evitáveis com vacinas baratas, provocam a morte de 10 milhões de pessoas a cada ano.
Os noticiários disto nada falam!
Mas há cerca de 10 anos, quando apareceu a famosa gripe das ave…os noticiários mundiais inundaram-se de noticias…
Uma epidemia, a mais perigosa de todas…Uma Pandemia!
Só se falava da terrífica enfermidade das aves.
Não obstante, a gripe das aves apenas causou a morte de 250 pessoas, em 10 anos… 25 mortos por ano.
A gripe comum, mata por ano meio milhão de pessoas no mundo. Meio milhão contra 25.
Um momento, um momento. Então, porque se armou tanto escândalo com a gripe das aves?
Porque atrás desses frangos havia um “galo”, um galo de crista grande.
A farmacêutica transnacional Roche com o seu famoso Tamiflú vendeu milhões de doses aos países asiáticos.
Ainda que o Tamiflú seja de duvidosa eficácia, o governo britânico comprou 14 milhões de doses para prevenir a sua população.
Com a gripe das aves, a Roche e a Relenza, as duas maiores empresas farmacêuticas que vendem os antivirais, obtiveram milhões de dólares de lucro.
- Antes com os frangos e agora com os porcos.
- Sim, agora começou a psicose da gripe porcina. E todos os noticiários do mundo só falam disso…
- Já não se fala da crise econômica nem dos torturados em Guantánamo…Só a gripe porcina, a gripe dos porcos…
- E eu me pergunto: se atrás dos frangos havia um “galo”, atrás dos porcos… não haverá um “grande porco”?
A empresa norte-americana Gilead Sciences tem a patente do Tamiflú. O principal acionista desta empresa é nada menos que um personagem sinistro, Donald Rumsfeld, secretario da defesa de George Bush, artífice da guerra contra Iraque…
Os acionista das farmacêuticas Roche e Relenza estão esfregando as mãos, estão felizes pelas suas vendas novamente milionárias com o duvidoso Tamiflú.
A verdadeira pandemia é de lucro, os enormes lucros destes mercenários da saúde.
Não nego as necessárias medidas de precaução que estão sendo tomadas pelos países. Mas, se a gripe porcina é uma pandemia tão terrível como anunciam os meios de comunicação;
Se a Organização Mundial de Saúde se preocupa tanto com esta enfermidade, porque não a declara como um problema de saúde pública mundial e autoriza o fabrico de medicamentos genéricos para combatê-la?
Prescindir das patentes da Roche e Relenza e distribuir medicamentos genéricos a todos os países, especialmente aos pobres, essa seria a melhor solução.
O Grupo Amarantes é filiado a AIGA. Aliança Independente dos Grupos de Apoio
Saudações Fraternas
Claudio Costa
Grupo Amarantes
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Quando a vontade é maior que a dificuldade
Vejam o belo trabalho realizado por Maria Candida (Grupo Genesis: de vestido vermelho e blusa colorida). Pelas mãos de Candida já passaram mais 1.000 portadores de hepatites, ela é a grande responsável pelo trabalho voluntário do Grupo Genesis no Hospital Antonio Pedro. Ali numa pequena sala já sairam várias pessoas curadas de hepatite graças a garra desta portuguesa guerreira. M Candida e outros voluntários com a supervisão é claro da Prof. Eliane Bordalo (chefe da hepatologia do HUAP), montaram um Polo de Aplicação que já atendeu e continua atendendo a maioria dos portadores de São Gonçalo e da Região Metropolitana II. Não existem barreiras nem fronteiras quando existe o amor. Obrigado M Candida, Dra Eliane Bordalo, Emilia, Osmar Meirelles, Helena e etc... UFA!!!!
sábado, 11 de julho de 2009
Movimento em Agosto
Em agosto mês do seu aniversário, o Grupo Amarantes estara na Câmara Municipal de São Gonçalo. Faremos um movimento pedindo aos vereadores que intercedam junto a Secretária de Saúde pedindo a contratação de um médico. As duas médicas que tinhamos entraram de licença maternidade. Atenção básica é dever do municipio.
Saudações Fraternas
Claudio Costa
Grupo Amarantes
Saudações Fraternas
Claudio Costa
Grupo Amarantes
domingo, 5 de julho de 2009
Retratamento com interferon de consenso - Infergen
Pesquisa realizada na Universidade de Saint Louis dos Estados Unidos em pacientes não respondedores a um tratamento prévio para hepatite C que utilizou o chamado interferon de consenso, de nome comercial "Infergen", acaba de ser publicada na revista Hepatology. Aproximadamente metade dos infectados com o genótipo 1 da hepatite C não conseguem na semana 12 do tratamento ter negativado o vírus ou pelo menos ter conseguido baixar a carga viral em mais de 2 LOG com o tratamento de interferon peguilado combinado a ribavirina, esses pacientes são os chamados "não respondedores". Um retratamento mudando o interferon peguilado apresentará poucas possibilidades de sucesso. Os pacientes não respondedores podem melhorar o estado de seu fígado, conseguindo diminuir a velocidade de progressão da doença, mas não conseguiram eliminar o vírus de seu organismo. Os fatores que podem ter contribuído para não conseguir a cura podem ser creditados a fatores genéticos do vírus, uma alta carga viral antes do tratamento, dano hepático mais avançado, ser afro descendente ou ter idade avançada, mas em geral fica impossível se creditar o fracasso a uma só condição, sendo mais provável serem uma soma de fatores diversos os que contribuem para o fracasso do tratamento. O ensaio clínico realizado com o "Infergen" incluiu 515 pacientes de 44 centros hospitalares diferentes. Todos os pacientes eram "não respondedores" a um tratamento anterior realizado com interferon peguilado e ribavirina. Do total, 80% deles não tinham conseguido reduzir 2 LOG na semana 12 do tratamento com interferon peguilado e ribavirina e, 20% deles não tinham conseguido sequer reduzir 1 LOG na semana 12. Todos receberam tratamento com aplicação diária de uma ampola de Infergen, divididos em dois grupos, sendo que um dos grupos recebeu a dosagem de 9 mcg/dia e um segundo grupo recebeu a dosagem de 15 mcg/dia. A ribavirina foi administrada conforme o peso do paciente. Os resultados do estudo devem ser analisados considerando as diversas características dos pacientes incluídos na pesquisa: - Entre os pacientes sem cirrose, mas com fibroses entre F0 e F3 a possibilidade de cura da hepatite C foi de 7,8% no grupo tratado com 9 mcg/dia de Infergen e de 13,1% no grupo tratado com 15 mcg/dia de Infergen; - Entre os pacientes que realizaram de forma completa o tratamento a possibilidade de cura da hepatite C foi de 7% no grupo tratado com 9 mcg/dia de Infergen e de 17% no grupo tratado com 15 mcg/dia de Infergen; - Entre os pacientes sem cirrose que no tratamento utilizando interferon peguilado e ribavirina tinham conseguido uma redução superior aos 2 LOG na semana 12 do tratamento e que apresentavam graus de fibrose entre F0 e F3 a possibilidade de cura da hepatite C foi de 10,7% no grupo tratado com 9 mcg/dia de Infergen e de 31,6% no grupo tratado com 15 mcg/dia de Infergen; - Os pacientes com cirrose apresentaram poucas possibilidades de cura com o Infergen. Os resultados podem parecer "pobres", mas devemos considerar que o retratamento de pacientes que já receberam interferon peguilado e ribavirina realizando um retratamento simplesmente mudando a marca do peguilado apresenta resultados muito inferiores ao do presente estudo. O "Infergen" já se encontra autorizado nos Estados Unidos e em alguns outros países, mas ainda não foi aprovado para seu uso em todo o mundo, o que dificulta o seu tratamento pelo custo elevado de importação. Ações judiciais podem ser difíceis de conseguir sucesso nos países onde o medicamento ainda não foi aprovado para o tratamento da hepatite C.
Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:Three Rivers Pharmaceuticals, LLC - Hepatology - U.S.-based, randomized Daily-Dose Consensus Interferon and Ribavirin: Efficacy of Combined Therapy (DIRECT) clinical trial authored by Bruce R. Bacon, M.D., of Saint Louis University.
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:Three Rivers Pharmaceuticals, LLC - Hepatology - U.S.-based, randomized Daily-Dose Consensus Interferon and Ribavirin: Efficacy of Combined Therapy (DIRECT) clinical trial authored by Bruce R. Bacon, M.D., of Saint Louis University.
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
domingo, 28 de junho de 2009
Dicas importantes
Dicas importantes!
Quem deve fazer marcadores virais para hepatites:
se recebeu transfusão de sangue, antes de 1992;
se usou drogas injetáveis ou inaladas, inclusive só uma vez, em qualquer época da vida;
se alguém da família esta infectada com algumas das hepatites;
se nos últimos 12 meses teve vários parceiros sexuais;
se você tem alguma doença sexualmente transmissível;
se você possui alguma tatuagem ou usa piercing;
se recebeu qualquer tipo de transplante de órgãos ou tecidos;
se você faz hemodiálise, é hemofílico ou HIV positivo;se suas transaminases estão elevadas;
Caso você esteja dentro deste padrão procure o posto de saúde mais próximo e sua residência. Qualquer duvida entre em contato conosco pelo telefone 8635-0325.
Saudações Fraternas
Claudio Costa
Grupo Amarantes
Quem deve fazer marcadores virais para hepatites:
se recebeu transfusão de sangue, antes de 1992;
se usou drogas injetáveis ou inaladas, inclusive só uma vez, em qualquer época da vida;
se alguém da família esta infectada com algumas das hepatites;
se nos últimos 12 meses teve vários parceiros sexuais;
se você tem alguma doença sexualmente transmissível;
se você possui alguma tatuagem ou usa piercing;
se recebeu qualquer tipo de transplante de órgãos ou tecidos;
se você faz hemodiálise, é hemofílico ou HIV positivo;se suas transaminases estão elevadas;
Caso você esteja dentro deste padrão procure o posto de saúde mais próximo e sua residência. Qualquer duvida entre em contato conosco pelo telefone 8635-0325.
Saudações Fraternas
Claudio Costa
Grupo Amarantes
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Regressão da fibrose e da cirrose após cinco anos da cura da hepatite C
Um estudo realizado na Virginia Commonwealth University Medical Center, dos Estados Unidos, apresentado durante o congresso DDW-2009 mostra o que aconteceu com o estado do fígado nos pacientes após cinco anos da cura da hepatite C com o tratamento realizado utilizando interferon e ribavirina. Os resultados do estudo mostram que aqueles pacientes que respondem ao tratamento logrando a cura da doença conseguem melhorias impressionantes no estado do fígado, inclusive o desaparecimento da cirrose, conforme explica o Dr. Richard Sterling, um dos coordenadores do estudo. Foram incluídos no estudo pacientes atendidos no hospital desde o ano de 1991 comparando o resultado das biopsias realizadas quando diagnosticados, com o resultado de biopsias realizadas anos após. Um grupo de 230 pacientes foi acompanhado durante cinco anos, entre esses pacientes 41 recusaram receber o tratamento e 189 foram tratados com interferon, mas não conseguiram resposta com o tratamento, permanecendo infectados. Um segundo grupo era formado por 102 pacientes que conseguiram a cura da doença (resposta sustentada) com o tratamento utilizando o interferon. Entre os que conseguiram a cura da doença a biopsia inicial mostrava que 29% apresentavam fibrose portal, 52% apresentavam fibrose em pontes e, 19% se encontravam com cirrose. Ao se comparar o resultado das biopsias realizadas cinco anos antes com o estagio atual do fígado no grupo que não obteve a cura com a biopsia dos pacientes que não aceitaram o tratamento foi observado que não existia nenhuma diferença significante em relação à progressão da doença, demonstrando que o tratamento fracassado não produzia nenhum beneficio em relação à inflamação ou ao grau de fibrose ou cirrose. Quando comparadas biopsias realizadas antes do tratamento com as realizadas cinco anos após obter a cura nos 102 pacientes do segundo grupo foi observada uma redução significante no grau de fibroses: - Entre os pacientes que antes do tratamento apresentavam fibrose portal, 73% deles não apresentavam fibrose após 5 anos de obter a cura da doença, enquanto 20% permaneciam com o mesmo grau de fibroses; - Entre os pacientes que antes do tratamento apresentavam fibrose em pontes, 35% deles não apresentavam fibrose após 5 anos de obter a cura da doença, enquanto 23% conseguiram reduzir o grau de fibroses, 38% permaneceram inalterados e 4% progrediram para a cirrose; - Entre os pacientes com cirrose antes do tratamento que obtiveram a cura com o tratamento, a metade deles apresentou melhoras no dano hepático, sendo que 10% não apresentavam nenhuma fibrose, 10% tinham melhorado apresentado fibrose portal, 30% apresentavam fibrose em pontes, enquanto 50% deles permaneciam cirróticos. Concluem os pesquisadores que os pacientes que conseguem a cura da doença utilizando o interferon convencional ou o interferon peguilado, com ou sem ribavirina, obtém excelentes benefícios no dano hepático. MEU COMENTÁRIO: Com o passar dos anos é emocionante verificar os benefícios que consegue o paciente que cura a hepatite C, comprovando por diversos estudos que o fígado possui um formidável poder de recuperação. Alerto para levar em consideração que o fígado consegue se regenerar se não existem outros fatores que permaneçam afetando seu funcionamento, isto é, se o paciente somente esta infectado com a hepatite C e consegue curar a doença o fígado vai se regenerar lentamente, mas se existem outras doenças ou condições que continuam a atacar o fígado, então o dano hepático vai continuar progredindo. Faço o alerta porque e muito comum que indivíduos que curam a hepatite C me perguntam se podem voltar a ingerir bebidas alcoólicas, levando como resposta da minha parte que cada um é dono de seu livre arbítrio e se suicida com o veneno que quiser, explicando a seguir que ele conseguiu eliminar o vírus da hepatite, mas que isso não significa que o fígado fico automaticamente livre de qualquer dano ou estrago. Os dados desta pesquisa mostram que é possível regenerar o fígado, mas que se trata de um processo lento, demorado, que em muito vai depender de como o próprio paciente ajuda para que essa regeneração possa acontecer. Nunca esqueçam que álcool, peso acima do normal, diabetes, pressão alta, outras hepatites, HIV/AIDS, vida sedentária, estresse, etc. etc., também afetam o fígado! Não é possível uma comparação exata com a escala Metavir, mas aproximadamente uma fibrose portal poderia se situar como uma fibrose F1 e uma fibrose em pontes poderia se situar aproximadamente como uma fibrose F2 ou F3.
Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:Shiffman M, et al "The long term effects of interferon based (IFNTx) therapy on hepatic histology in patients with chronic hepatitis C virus: results of a five year prospective evaluation on fibrosis progression and fibrosis regression" DDW 2009; Abstract 7.
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:Shiffman M, et al "The long term effects of interferon based (IFNTx) therapy on hepatic histology in patients with chronic hepatitis C virus: results of a five year prospective evaluation on fibrosis progression and fibrosis regression" DDW 2009; Abstract 7.
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
domingo, 14 de junho de 2009
terça-feira, 9 de junho de 2009
Hepatite B - Tratamento com interferon peguilado
Existem diversos medicamentos para o tratamento da hepatite B, mas somente o interferon, convencional ou peguilado, possui propriedades imunomoduladoras e antivirais. As principais vantagens do interferon em relação aos medicamentos de uso orais (chamados de análogos nucleósidos) e que o mesmo não provoca resistência viral, sendo utilizado por um tempo definido e apresenta maior probabilidade de depurar o HBsAg. Aproximadamente 30% dos infectados HBeAg Positivos e 40% dos infetados HBeAg negativos conseguem a resposta virologica sustentada. A resposta virologica sustentada e quando seis meses após o final do tratamento acontece a soroconversão do HBeAg e/ou o vírus fica em níveis inferiores a 20.000 copias/ml quando realizada a carga viral (HBV/DNA). Quando empregado o interferon peguilado o tratamento tem uma duração de 48 semanas. Estudos recentes que acompanham os pacientes por vários anos demonstram que os resultados permanecem em 80% dos pacientes que conseguiram a soroconversão do HBeAg e em 50% dos que obtiveram resultados de carga viral inferior a 20.000 copias/ml. O genótipo do vírus da hepatite B passa a ter um fator prognostico fundamental na indicação do interferon, já que os pacientes HBeAg Positivos infectados com o genótipo A tem maior possibilidade de sucesso com a utilização do interferon, já os pacientes HBeAg Negativos infectados com o genótipo D apresentam pouca resposta ao tratamento com o interferon. Muitos médicos, baseados no prognostico de resposta conforme explicado no parágrafo anterior, recomendam que o tratamento inicial seja realizado com o interferon peguilado e, se não se consegue resposta terapêutica passar então para os medicamentos análogos de uso oral.
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
segunda-feira, 8 de junho de 2009
A vitamina B12 pode ajudar no tratamento da hepatite C?
Um estudo publicado na revista "Gastroenterology and Hepatology" e que foi apresentado pelos autores durante o DDW-2009 que aconteceu semana passada em Chicago, Estados Unidos informa que níveis maiores de vitamina B12 encontrados no soro dos pacientes infectados com a hepatite C podem significar uma maior possibilidade de sucesso com o tratamento. O estudo foi realizado no Karolinska Institute, de Estocolmo, objetivando constatar se o nível de vitamina B12 armazenado nas células do fígado poderia interferir inibindo a replicação do vírus da hepatite C durante o tratamento. O estudo foi realizado de forma retrospectiva incluindo 99 pacientes nunca antes tratados com antivirais, nos quais antes do tratamento foi determinado o nível de vitamina B12 no soro. Os infectados com os genótipos 1 ou 4 receberam o tratamento normal de 48 semanas com interferon peguilado e ribavirina e os infectados com os genótipos 2 ou 3 receberam 24 semanas de tratamento. A relação entre os níveis de vitamina B12 antes do tratamento foi comparada com a resposta virologica ao final do tratamento, não com a resposta sustentada. A média do nível de vitamina B12 no soro dos pacientes que terminaram o tratamento negativados era de 331 pmol/L, significativamente mais alta que a media encontrada entre os pacientes não respondedores, que foi de 260 pmol/L. Quando observado como ponto de quebra estatístico o nível de vitamina B12 no soro de 360 pmol/L antes do tratamento foi encontrado que entre os que apresentavam níveis inferiores a esse nível, 68,5% conseguiram se encontrar negativos ao final do tratamento e 31,5% não eram respondedores ao tratamento. Já no grupo de pacientes em que o nível de vitamina B12 no soro era superior aos 360 pmol/L antes do tratamento, 96,2% conseguiram se encontrar negativos ao final do tratamento e somente 3,8% eram os não respondedores. Concluem os pesquisadores que níveis de vitamina B12 no soro antes do tratamento superiores a 360 pmol/L podem beneficiar os pacientes, possibilitando maior possibilidade de concluírem o tratamento negativados, porém, a associação entre os níveis de vitamina B12 e os resultados encontrados na pesquisa ainda não estão totalmente compreendidos. MEU COMENTÁRIO:Passados somente 20 anos do descobrimento do vírus da hepatite C a cada novo congresso os pesquisadores se encontram em condições de poder apresentar estudos deste tipo, onde a experiência de milhares de pacientes tratados leva a observar pequenas diferenças que acontecem entre os que conseguem negativar o vírus e os não respondedores.Se for benéfico ou prudente o paciente tomar vitamina B12 antes e durante o tratamento é uma questão que por enquanto não tem resposta, mas é um fator que seriamente deverá ser observado pelos pesquisadores. Sei que a vitamina B12 e segura, mas ninguém deve se "entupir" tomando dosagens acima do recomendado na bula, quando então o efeito será contraproducente. Antes de tomar qualquer medicamento, suplemento ou vitamina fale com seu médico!
Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:P Rosenberg and K Hagen. Serum B12 Levels Predict Response to Treatment with Interferon and Ribavirin in Patients with Chronic HCV Infection. Digestive Disease Week (DDW 2009). Chicago. May 30-June 4, 2009. Abstract M1793. - Gastroenterology and Hepatology, Karolinska University Hospital, Stockholm, Sweden; Department of Medicine, Karolinska Institutet, Stockholm, Sweden
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:P Rosenberg and K Hagen. Serum B12 Levels Predict Response to Treatment with Interferon and Ribavirin in Patients with Chronic HCV Infection. Digestive Disease Week (DDW 2009). Chicago. May 30-June 4, 2009. Abstract M1793. - Gastroenterology and Hepatology, Karolinska University Hospital, Stockholm, Sweden; Department of Medicine, Karolinska Institutet, Stockholm, Sweden
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
quarta-feira, 3 de junho de 2009
A NUTRIÇÃO E A DEPRESSÃO DURANTE O TRATAMENTO
Durante o tratamento da hepatite C, são muitos os fatores que podem afetar o estado mental. Entre estes, podemos mencionar os efeitos colaterais do Interferon e da Ribavirina, a alimentação, o estado espiritual, os fatores psicológicos, as condições sociais e ambientais, e o estado nutricional do portador. A depressão tem de ser tratada pelo médico que trata a hepatite C e se necessário conjuntamente com um psicólogo. Porém, há pequenas coisas que podem ajudar a diminuir ou combater a depressão, como uma alimentação correta que contemple a suplementação de nutrientes, dos quais, reconhecidamente, carecem as pessoas depressivas. Deficiências de nutrientes como folato (acido fólico), tiamina (vitamina B1), niacina (encontrada na vitamina B3), piridoxina (encontrada na vitamina B6) e cobalamina (vitamina B12) são associadas a sintomas como a irritabilidade, a confusão mental, falta de concentração, falta de vontade e depressão. O consumo de alimentos que contém estas vitaminas previne suas deficiências e pode ajudar a reduzir a intensidade dos sintomas. Entre os alimentos que podem ajudar a manter níveis elevados destes nutrientes temos os que contém: - TIAMINA (vitamina B1), como a carne de porco, o gérmen de trigo, os peixes, as aves, como o frango e os ovos; - NIACINA (encontrada na vitamina B3), como a carne vermelha, carnes brancas e peixe; - PIRIDOXINA (encontrada na vitamina B6), como a carne vermelha, nas aves e nos peixes gordurosos como o salmão ou atum; - COBALAMINA (vitamina B12), como as carnes vermelhas e nas brancas. O fígado destes animais é uma boa fonte; - FOLATO (acido fólico), encontrado no gérmen de trigo e na levedura de cerveja. Pode parecer contraditório recomendar comer carnes vermelhas ou patê de fígado, porém, devemos lembrar que não podemos deixar de nos alimentar, e que deve sempre ser seguida uma alimentação balanceada. Pequenas porções de todos os alimentos são necessárias para suprir as necessidades de vitaminas e minerais do organismo. Não podemos ser radicais! Existindo um metabolismo anormal do açúcar, podem ocorrer hipoglicemia e sintomas associados, como crises nervosas, desesperação, irritabilidade, tudo seguido de uma etapa de cansaço e sonolência. Ocorre ainda que, ao se metabolizar o açúcar refinado, são utilizadas as poucas reservas que restam ao paciente carente destas vitaminas. A cafeína pode causar irritabilidade, ansiedade, insônia e fadiga. Existem alguns alimentos que podem causar alergia ou maior sensitividade em algumas pessoas. Estes efeitos de alergia e sensitividade incluem sonolência, falta de concentração, insônia e alguns outros. Conselhos de alimentação no tratamento da depressão durante o tratamento - Não pule as refeições. Respeite os horários, mantendo uma rotina regular. - Faça três refeições e dois ou três lanches durante o dia, a intervalos regulares. - Beba muita água, em pequenas doses, durante todo o dia. O recomendado são cinco litros por dia. Acostume-se a carregar uma garrafa com você. - Diminua ou elimine a cafeína, café, chocolate, bebidas com gás (refrigerantes) e o açúcar refinado. - Elimine alimentos aos quais possa ter alergia ou acentuada sensibilidade. Alguns destes poderiam ser o tomate, o café ou o chocolate, porém a eliminação de qualquer alimento deve estar de acordo com a resposta individual com a reação de seu organismo. - Combinar uma alimentação saudável e balanceada com atividades físicas, preferivelmente ao ar livre, como uma caminhada, andar de bicicleta ou a prática da natação ou hidroginástica, e mais uma leve ou moderada exposição ao sol dá bons resultados. - Elimine definitivamente as bebidas alcoólicas. - Se necessário, tome suplementos com vitaminas do complexo B, consultando antes seu médico. - Devemos ter sempre presente que o que comemos afeta não somente nosso corpo, como também nosso estado emocional. - Tente alimentar o corpo com alimentos sadios; a mente, com pensamentos positivos, e o espírito, com a confiança e o amor da energia divina, sempre confiando que os medicamentos necessários ao tratamento conseguirão o beneficio da cura.
Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
Carlos Varaldo
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